Estive há dias a falar com um professor de Religião e Moral… Queixava-se das dificuldades que tinha para exercer da melhor forma a sua missão!
Julguei que as dificuldades fossem colocadas por parte dos alunos devido ao fraco substrato familiar e à dificuldade que têm em cumprir regras e aceitar a autoridade de quem exerce o ministério de ensinar.
Explicou-me o professor que essa nem era a maior dificuldade que tinha. O maior problema era o próprio ambiente escolar que tem pouco de humano e nada de cristão…e passou a explicar-me com alguns exemplos… Colocar um cartaz alusivo a qualquer festividade cristã é expressamente proibido… explicar o que é a Quaresma, o Advento, a Páscoa ou até mesmo celebrar o Natal não é permitido…viva a liberdade e laicidade!
O mais hilariante é deixarem enfeitar a escola na época do halloween (as bruxas)! Uma festa que culturalmente tão pouco tem a ver connosco… mas porque esta festa não é cristã e até se opõem a muitos princípios cristãos… esta sim… pode ser publicitada e vivenciada na escola, dando em alguns casos até direito a folga para actividades extra curriculares…
12 comentários:
Enquanto uns lamentam as dificuldades, outros aproveitam as oportunidades: descobrir a cultura celta (o Samhain), conhecer alguns rituais romanos (as Feralia, a deusa Pomona), aprofundar o sentido cristão das comemorações(Dia de Todos os Santos, Dia dos Fiéis Defuntos), captar o fenómeno mediático das "bruxas" (da Bibi Blocksberg ao Harry Potter, da Charmed às Brumas de Avalon), abordar as origens da América (as perseguições religiosas e a emigração irlandesa), viajar às raízes das nossas tradições populares (v.g. as iniciativas do Padre Fontes), etc.
P.S.: Para que conste: "Halloween" vem do inglês antigo "All Hallow's Even" - Véspera de Todos os Santos
Este tema pode até ser muito interessante! Não coloco isso em causa... apenas me interpela o facto de este tema poder ser abertamente abordado na comunidade escolar com decorações e inumeras actividades...e outros, tão mais importantes serem "ostracizados"! Culturalmente (e nao digo religiosamente) porque nao abordar o tema dos fieis defuntos...de todos os santos!? Diz muito mais à nossa cultura que este tema!
É certo que há algumas posturas de anti-teismo, feitas de ignorância e de preconceito, que propugnam uma visão reducionista da cultura e do ser humano ao defenderem o desprezo do facto religioso (que nos nossos meios, se traduz pela rejeição de tudo quanto cheire a cristianismo). E há ainda a globalização de dados culturais e a infuência do económico: o Halloween vende mais...
Mas, mais do que derramar lágrimas, importa compreender este tempo em que vivemos: se o cristianismo está ainda muito enzaízado nas nossas tradições (muito mais até do que superficialmente se constata), a sociedade de hoje confronta-se com uma pluralidade de propostas de sentido; e cabe-nos mostrar que a visão cristã tem pertinência e validade para o homem actual.
Esta é a luta a travar; e ninguém disse que era fácil; mas a verdade é que prefiro mil vezes este tempo, onde temos a oportunidade de mostrar o que significa ser cristão de verdade, do que épocas passadas, onde os corajosos eram os que contestavam a religião...
Um exemplo: no tempo do império romano e da cultura helénica, que sentido podia ter o caminho da santidade proposto pelo cristianismo? A pertinência foi buscada em torno da figura do herói. De facto, a cultura clássica idolatrava os heróis, os seus feitos e as suas virtudes; um destino reservado apenas a alguns eleitos pelos deuses. É então que surge o cristianismo a propôr que todos podem ser heróis: patrícios e bárbaros, cidadãos e escravos, ricos e pobres, homens, mulheres e crianças, todos podem enfrentar um mundo adverso e trágico de cabeça erguida, escolhendo uma orientação moral para a sua vida, sem nada a temer, nem a própria morte. Um desafio lançado ao mundo pelo próprio Deus, e vivido pelo seu próprio Filho.
"Eu posso ser um herói!": um projecto de vida deveras empolgante. O cristianismo primitivo assumia assim uma enorme validade para aquele tempo...
Ainda bem que trabalho numa escola com um projecto cristão, que se assume confessional.
Esta ideia de escola laica dá-me vontade de rir para não dizer chorar, como se o ensino pudesse ser neutro. Há uns anos não se podiam transmitir valores (e isto já é um valor), pois o aliuno devia descobri-los por si,como se isso fosse possível. Hoje vê-se quais os resultados dessa plítica, que tev origem numas mentes pretensamente "ilumindas".Mal vai o país que renega a sua história, em que a prória escola em vez de promover as nossas tradições, perfere comemorar festividades importadas. Uma sugestão: o grupo de Português devia promover a celebração dos Bolinhos e Bolinhós, pois uma grande parte dosmiúdos já nem sabe o que é.
isso é triste,
aqui no brasil então... me diga o q tem o dia das bruxas a ver com nosso folclore... e mesmo assim é estimulado.
Bom, eu sou suspeita prá falar, porque não gosto nem de Papai Noel...
Beijos peregrinos.
Babi
Na escola não se pode falar de religião, mas pode-se ensinar às crianças músicas a ridicularizar o Adão e a Eva. Aconteceu com uma menina minha da catequese.
Pior ... Houve uma criança de uma colega minha que foi ter com ela no final da catequese, bastante preocupada, porque a professora de história tinha dito que os cristãos mentiam quando diziam que Jesus tinha nascido do seio de Maria. Mentiam porque, imagine-se, nenhuma criança nasce da mama de uma mulher.
Parece história, mas podem crer que é verdade. O estigma em relação à religião leva a cada uma ...
Já me fartei de rir... essa é hilariante!!! Pior que nao saber é nao querer saber..é esta a cultura que temos!
"Travessura ou doçura?" Bom feriado meu amigo...:) beijinho da Su
Sinais dos últimos tempos!!
Abraços
Lai
A verdade é que tudo isto acontece um pouco por toido o lado, quer nas escolas, trabalho ou até entre amigos.Há um certo olhar de lado para quem é cristão e o afirma. Por vezes até parecemos "aves raras". É esta a nossa cultura?
Ofende-se Jesus, Maria e todos os dogmas da Igreja. E nada se faz tudo se aceita. Mas quando se toca ao de leve noutras religiões é crime de pena capital.
Talvez sejamos nós os culpados de tanta ignorancia e permissidade.
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