23/12/10

Partilha de Natal 2010

Leitor 1 – Que bom é Natal! Finalmente chega o tempo de comer muitas coisas boas…Vamos esquecer por um bocado a crise! Vamos partilhar montanhas de prendas… Quero as minhas prendas! Quero muitas prendas neste Natal!
Padre António: E o aniversariante a que prendas tem direito? Sim… Jesus… aquele que hoje comemora o seu aniversário? A que prendas tem direito da nossa parte? Que falta de educação da nossa parte querer celebrar o aniversário de alguém e não levar sequer uma pequena recordação a quem cumpre o seu aniversário.

Leitor 2 – Mas que prendas quer este menino?

Padre António: Para Ele não quer nada… Ele sempre deu tudo… espera que sejamos capazes neste natal de nos presentearmos a nós próprios: Espera que sejamos capazes de dar aos nossos inimigos a prenda do perdão. Para os nossos oponentes sejamos capazes de dar tolerância. Para os amigos temos de dar como presente o nosso coração…Para quem connosco trabalha ou precisa dos nossos serviços temos de dar como presente o máximo de atenção. Para tudo dar sempre como presente a caridade. O Deus menino quer como presente o bom exemplo em todos os momentos e o respeito como base da relação entre todos os homens e povos.

Leitor 3: Isso até é bonito de dizer… mas não passa de poesia! Coisas bonitas que se dizem sempre nesta altura de Natal. Que presentes reais espera o menino receber neste Natal? Que presentes serão fundamentais para que este Natal de 2010 seja verdadeiro?

Pe. António: Neste Natal acho que todos deveríamos dar uns aos outros alguns presentes fundamentais: Todos precisamos talvez de uma borracha para apagar as más lembranças e os erros que cometemos no passado. Precisamos de uma tesoura para cortar o que nos impede de crescer… precisamos de lentes de contacto para conseguirmos ver melhor o próximo e a natureza com amor…

Acho que neste Natal precisamos de umas agulhas bem grandes para tecermos os nossos sonhos e ilusões e refaze-los as vezes que forem necessárias! Penso que precisamos como presente um fecho que abra a nossa mente e o nosso coração para procurar as respostas mais importantes… e precisamos de um outro fecho para fechar a boca, os olhos e o coração a tudo aquilo que nos afasta de Deus e dos irmãos.

Neste Natal todos precisamos de um relógio novo que nos diga que todas as horas são a hora ideal para amar. Também acho importante neste natal um rebobinador de filmes para recordarmos sempre todos os momentos felizes que Deus nos concede constantemente. Precisamos também receber uns sapatos da moral e da ética para pisarmos com firmeza e segurança nos caminhos que seguimos!

Leitor 1: Tantos presentes assim? Não será melhor pedir só um?

Pe. António: Só um??? Então talvez seja melhor pedirmos todos ao Deus menino neste Natal um espelho… Para darmos conta de uma vez por todas que somos filhos de Deus. Que somos irmãos!

Precisamos de um espelho para darmos conta que somos maravilhosos… somos belos porque somos imagem de Deus!

Leitor 2: - Como se diz por aí… deveria ser Natal todos os dias para partilharmos uns com os outros essas prendas todas! Mas parece à nossa realidade como que falta sempre alguma coisa!

Pe. António: Sem dúvida que à nossa realidade falta sempre alguma coisa! Às vezes à espera do ideal não fazemos o possível. Á nossa realidade como que falta o açúcar..

Este menino que nasce no presépio há de ser o açúcar que dá sabor e sentido a tudo o que acontece!

No Natal conseguimos ver o mundo num foco mais nítido. Facilmente vemos que o amor é a força que mais poder tem e a solidariedade haveria de ser capaz de resolver todos os problemas!

Leitor 3: Seria assim tão difícil estarmos atentos o ano inteiro? Todos os dias de nossas vidas, nós devemos amar-nos uns aos outros, respeitar-nos uns aos outros, sermos solidários. O mundo não funciona somente no Natal, as crianças não necessitam de carinho, apenas no Natal, os necessitados, não passam fome, não sentem frio apenas no Natal. Eu quero olhar o Mundo e poder ver isso todos os dias.

Leitor 2: Se Deus me concedesse um desejo, desejaria que nascesse um Jesus Cristo todos os dias. Que todos os dias celebrássemos sinceramente o Natal para que estes sentimentos fossem reais todos os dias!

TODOS: Bendita seja esta data que une todo mundo numa conspiração de amor. Bendita seja esta data que une todo mundo numa conspiração de amor.

Pe. António: Estou à porta e chamo… É verdade. Estou à porta do teu coração, de dia e de noite. Mesmo que não escutes, mesmo que duvides que seja Eu. Eu, aqui estou, esperando o mais pequeno sinal que me permita entrar. Quero que saibas que cada vez que me convidas, eu venho sempre, sem falta. Venho em silêncio e de forma invisível, mas com um poder e um amor infinitos.

Não há nada na tua vida que não tenha importância para mim. Sei o que existe no teu coração, conheço a tua solidão e todas as tuas feridas, as tuas rejeições e humilhações.

Conheço, sobretudo, a tua necessidade de amor.

Tenho sede de ti. Tenho sede de amar-te e sede de que tu me ames. Vem a mim e encherei o teu coração, e sararei as tuas feridas.

Confia em mim. Pede-me todos os dias que entre e me encarregue da tua vida e eu o farei. A única coisa que te peço é que confies plenamente em mim. Eu farei o resto.

Tudo o que procuraste fora de mim só te deixou ainda mais vazio. Portanto, não te prendas às coisas deste mundo, mas, sobretudo, não te afastes de mim quando caíres.

Não importa o quanto tenhas andado sem rumo, não importa quantas vezes te esqueceste de mim, não importa quantas cruzes levas na tua vida. Há algo que quero que recordes sempre, e que nunca mudará: tenho sede de ti, tal como és. Não tens que mudar para acreditar no meu amor, a tua confiança nesse amor te fará mudar.

Esqueces-te de mim e, contudo, eu procuro-te em cada momento do dia e estou à porta do teu coração, a chamar por ti.

Toda a tua vida desejei o teu amor. Nunca deixei de o procurar e de desejar que tu me correspondas. Tu já experimentaste muitas coisas, no teu desejo de seres feliz. Porque é que não experimentas abrir-me o teu coração, agora mesmo, mais do que antes?

Quando finalmente abrires o teu coração e te aproximares o suficiente, então ouvir-me-ás dizer uma e outra vez: não importa o que és ou o que tenhas feito; amo-te por ti mesmo. Vem a mim com os teus problemas e necessidades, e com todo o teu desejo de ser amado. Estou à porta do teu coração e chamo-te… abre-me, porque tenho sede de ti…

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