30/10/06

Bruxinhas...

Estive há dias a falar com um professor de Religião e Moral… Queixava-se das dificuldades que tinha para exercer da melhor forma a sua missão!
Julguei que as dificuldades fossem colocadas por parte dos alunos devido ao fraco substrato familiar e à dificuldade que têm em cumprir regras e aceitar a autoridade de quem exerce o ministério de ensinar.
Explicou-me o professor que essa nem era a maior dificuldade que tinha. O maior problema era o próprio ambiente escolar que tem pouco de humano e nada de cristão…e passou a explicar-me com alguns exemplos… Colocar um cartaz alusivo a qualquer festividade cristã é expressamente proibido… explicar o que é a Quaresma, o Advento, a Páscoa ou até mesmo celebrar o Natal não é permitido…viva a liberdade e laicidade!
O mais hilariante é deixarem enfeitar a escola na época do halloween (as bruxas)! Uma festa que culturalmente tão pouco tem a ver connosco… mas porque esta festa não é cristã e até se opõem a muitos princípios cristãos… esta sim… pode ser publicitada e vivenciada na escola, dando em alguns casos até direito a folga para actividades extra curriculares…

18/10/06

Um café ou um descafeinado?


O meu vício é o café! Aquele aroma… aquele gosto forte… Criei esta necessidade do café para andar bem disposto!
Intriga-me bastante o “café descafeinado”… Já tentei por diversas vezes trocar mas sem sucesso.
Para mim o descafeinado não substitui o café com a cafeína que tanto mal faz…mas que tão bem me sabe!
Ás vezes penso que podia comparar o café descafeinado à fé cristã.
O descafeinado sabe a café e cheira a café… parece café mas… não é capaz de nos tirar o sono!
O descafeinado pede-se para “matar o vício”… para fazer “convívio social”…
A fé que vemos generalizada é um pouco assim… como o café descafeinado!
As pessoas vão à Igreja como quem vai tomar um descafeinado! Parece fé… mas não tira o sono… não desafia! Tudo fica na mesma.
As pessoas vivem a fé como “vício” “tradicional” ou como forma de “convívio social”… e mais nada… ficamos pelo aroma da fé!
Tomar café é um ritual que criamos… Fico triste quando vejo que a fé está tantas vezes reduzida a um ritual que realizamos e normalmente de forma tão... descafeinada.

12/10/06

Espaço virtual… bem real!

Ao tornar público, neste espaço, o meu e-mail pessoal, sabia estar a correr alguns riscos!
Em boa hora o fiz… tenho recebido alguns e-mail’s verdadeiramente fantásticos que muito me ajudam.
Também tenho recebido pedidos de oração e “quase confissões”… vou procurando responder sempre que posso… assim este espaço deixa de ser virtual… e fica um pouco mais real e próximo das pessoas.
Nos últimos dias recebi o seguinte e-mail, que publico somente algumas passagens com a devida autorização da pessoa envolvida e salvaguardando o total anonimato.

“Estou doente... Ainda não tive coragem de contar a ninguém... Talvez seja mais fácil falar com quem não me conheça... A noticia caiu que nem uma bomba na minha vida... que fazer a tantos projectos que tinha? Planeava acabar este ano a licenciatura e partir para Africa, dando algum (ou talvez todo) do meu tempo aos outros... agora torna - se uma utopia... obrigada por "ouvir". Sei que não há nada a dizer... mais uma vez, bom fim de semana…”
“Sim, acreditar sem esperança... encaro a doença numa dualidade... por um lado penso que Deus me ouviu quando lhe supliquei que me retira-se o sofrimento e a angustia psicológica com que convivo durante anos... contudo, é injusto concluir a minha meta com o sofrimento de um cancro... apenas pedi a Deus para não sofrer mais... talvez seja mais fácil para os outros saber que partimos porque o corpo nos atraiçoou do que saberem que fomos nós que o atraiçoamos... resta-me acreditar e rezar pela brevidade...”


Tudo aqui é virtual… mas a minha oração (e de certo a vossa) será real por e para esta pessoa. Coragem!
Peço a vossa oração por este caso e por tantos outros. É somente aquilo que eu tenho feito…

06/10/06

Que belo colar...


Numa conversa informal, de amigos, uma das participantes, que eu mal conhecia (de 16/17 anos) falava convictamente do seu “cristianismo não praticante”…blá…blá… blá… celibato…blá…blá… a missa é uma seca…blá…blá. Lá falamos durante algum tempo sobre os temas habituais… A determinada altura, já cansado de repetir os mesmos argumentos sobre a insensatez da afirmação “cristão não praticante” resolvi mudar o rumo da conversa e elogiei-lhe o que trazia ao pescoço. Perguntei-lhe:
- Foi alguma dádiva familiar?
-Não – Vi-o, gostei e comprei este colar!
-Colar? – perguntei eu;
- Sim! Este fio! – respondeu-me.
- Isso que trazes ao pescoço é um terço! – Não sabias?
- Terço?! Aquilo que se reza?
E lá tive eu de explicar, pacientemente a “finalidade do colar”!
Pois… temos perdido muitas batalhas na instauração do reino de Jesus… mas o pior é que estamos a perder a guerra da cultura!

02/10/06

Sobre a capa...

Sob a capa da eliminação de tabus e preconceitos parece que tudo vale!
Concordo totalmente com a eliminação muitos preconceitos e tabus que durante séculos a sociedade e a Igreja foram incutindo e mantendo… no entanto parece-me que estamos a cair no extremo oposto! A educação das gerações mais recentes parece-me demasiado “liberal”! Parece-me que tudo favorece a libertinagem e a falsa responsabilidade. Que o diga a nossa televisão...
Viva a eliminação de tabus e preconceitos… mas… onde fica a educação para os valores e o bom senso na relação entre as pessoas e no trato social?