06/12/05

Algumas verdades...


Ora em todo o tempo. Caso necessário utiliza as palavras.
Sacrilégio é sentires-te culpado por pecados perdoados.
Deus esquece o que se passou. Imita-o.
Arrependo-me sempre das ofensas, porém, nunca da generosidade.
Nunca percas a chance de ler uma história para uma criança.
Persegue o perdão, não a inocência.
Não peças a Deus que faça as tuas vontades. Pede-Lhe para fazer o que é certo.
Não foram os pregos que detiveram Jesus nas cruz, e sim o amor.
Negue-se a si mesmo diante da vontade de Deus.
Reconhece quando uma oração fôr respondida, porém não desistas se acontecer o contrário.
O coração correcto com a fé errada é melhor que a fé correcta no coração errado.
Tratamos as pessoas como achamos que Deus nos trata.
Às vezes, a melhor coisa a fazer é tirar o dia de folga.
A fé no futuro gera poder no presente.
Ninguém é inútil para Deus. Ninguém.
Se o conflito fôr inevitável, o combate será opcional.
Tu nunca poderás perdoar alguém mais do que Jesus já perdoou.
Podes-te arrepender caso abras a boca. Porém, raramente isto acontecerá se a mantiveres fechada.
Ver o pecado sem a graça é desesperador. Ver a graça sem pecado é arrogância. Vê-los em série é conversão.
A fé e a coragem da alma colocam os desafios dentro dos sonhos.
Deus não segue o relógio.
Nunca substimes um gesto de afeição.

In: "Quando Deus sussura o seu nome" de Max Lucado - pag.40

20/11/05

Uma recordação...

Eis algumas fotografias da minha ordenação sacerdotal e da minha missa nova.Para quem nunca teve a oportunidade de participar em nenhuma cerimónia deste tipo aproveitem para descobrir os simbolismos. Obrigado pela prenda!
Ligue o som, clique play e... seja paciente...



Parou muitas vezes...volte a carregar play...vai correr melhor!

12/11/05

A primeira missa… uma alegria interior!


Naquela tarde do dia trinta a chuva insistia em não parar de cair. O vento forte insistia em trazer pesadas nuvens que copiosamente derramavam enxurradas de água!
A chuva impedira a realização do cortejo festivo e esperava-se ansiosamente….Reunidos de pé no interior da Igreja paroquial de Vale de Azares, algumas centenas de encharcadas pessoas aguardavam pelas 15 horas.
Apesar de todas as contingências vivia-se no interior daquele templo um clima de profunda alegria. O Pe. António Carlos iria celebrar a sua primeira missa na sua terra natal! Transparecia para o rosto de muitos dos presentes uma alegria interior profunda por este dom que Deus havia dado à sua Igreja. Um novo sacerdote!
Numa engalanada Igreja, ladeado por mais de três dezenas de sacerdotes, o novo sacerdote celebrou o sacrifício da Eucaristia! A cerimónia ficou marcada pela beleza dos cânticos entoados pelo grupo coral da paróquia natal do neo presbítero e pelos jovens “Trovadores de Deus” e ainda pela execução de um hino que composto pelo Pe. António e o Pe. Luís Campos onde se explicava o lema da ordenação sacerdotal.
Durante a Solene Eucaristia viveram-se momentos intensos que interiormente comoveram quem presidia e ainda muitos dos que estavam presentes. Esta cerimónia terminou com os tradicionais e efusivos comprimentos de todos os que participaram na cerimónia…
Seguiu-se um lanche convívio no salão da Junta de Freguesia. Nem parecia o mesmo salão… tão bonita estava a decoração. A abundância e a alegria foram as duas notas dominantes deste momento!
As mesas estavam repletas de deliciosas iguarias que a família do novo sacerdote e a paróquia de Vale de Azares faziam questão de oferecer a todos os que se haviam deslocado para partilhar a alegria deste povo por ver um sacerdote filho da terra.
Enquanto regalávamos a barriga e esquecíamos a dieta deleitávamos os olhos e os ouvidos na animação preparada. Um Karaoke que a todos fez cantar… mais tarde a animação fez com que se desviassem as mesas e se instalasse um animado baile. A festa terminou com a projecção de algumas imagens e vídeos da celebração da missa solene.
Que Jesus envie muitos e santos operários para a sua messe!

02/11/05

Palavras do coração...


- Ó Tó, quando é que temos festa?
Foi esta, sem duvida a pergunta que mais vezes ouvi aqui na minha terra durante os 14 anos de Seminário. - Ó Tó, quando é que temos festa?
- É hoje! É hoje que estamos em festa porque Deus quis dar mais um sacerdote para o serviço do seu povo.
Andei muito tempo a pensar naquilo que havia de dizer hoje… escrevi homilias diferentes que acabei por deitar fora… escrevi isto que vou agora partilhar… fica tanta coisa por dizer mais isto…saiu-me do coração…
Tenho de admitir publicamente uma coisa… grave…eu… sempre que fui a uma missa nova de um colega eu pensava que iria dizer eu se um dia também chegasse a ser padre… Admito que pensava a quem teria de agradecer neste momento especial… sobre o que iria dizer quando chegasse a minha vez! Desculpai-me caros amigos.
Chegou a minha vez… sou padre… um sonho de menino que se cumpre…não por meu mérito mas porque Deus assim o quis.
Quero abordar, neste dia festivo, somente dois assuntos… em primeiro lugar o mais importante… a liturgia para o dia de hoje! Qual a mensagem que hoje Deus nos quer transmitir pelas leituras? Permiti que hoje aplique de forma especial estas leituras a mim próprio… em segundo lugar quero contar-vos um segredo…
1º - A liturgia de hoje
Deus, porque é amigo e sempre providente… sabendo da minha dificuldade em encontrar palavras para neste dia partilhar… não me abandonou e as leituras que me calharam em sorte poupam-me bastante as explicações pois são bastante claras e falam de forma especial para os consagrados a Jesus.
Quando li pela primeira vez estes textos que foram proclamados pareceu-me que foram escritos de propósito para mim e para este dia.
As leituras de hoje alertam de forma especial os sacerdotes para a necessidade de praticar aquilo que anunciam!
Jesus hoje no Evangelho condena o comportamento dos Escribas e Fariseus quando diz - fazei e observai quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras porque eles dizem e não fazem!” Espero que de mim jamais alguém possa dizer isto! Quero que a minha vida fale mais pelos actos que pelas palavras! Esta cultura exige isto mesmo… Mais que palavras pede exemplos de vida…testemunhos vivos.
Quero, como projecto de vida adoptar as palavras de S. Paulo da segunda leitura…S. Paulo diz que teve para a comunidade de Tessalónica desvelos de mãe… nunca tomou atitudes duras ou arrogantes e sempre procedeu com ternura e docilidade. Procurou pregar a palavra de Deus não só com Palavras mas com a vida. Nunca se privou de trabalhos e canseiras para que o seu testemunho fosse credível e fecundo!
Este deve ser o projecto e o plano de vida para quem assume esta grande dignidade e ao mesmo tempo grande responsabilidade que é ser Padre.
É grande o dom de Deus… quer servir-se de mim…com as minhas limitações e entrega-me a grande responsabilidade de ser no mundo sua testemunha! Ser padre não é meta é caminho que todos os dias terei de procurar percorrer com dignidade, alegria, doação, entrega plena!
Quero, um dia poder dizer com verdade, como S. Paulo… tratei toda a gente com cuidados de mãe… nunca tomei atitudes injustas e sempre procedi com ternura e docilidade. Procurei pregar a palavra de Deus não só com Palavras mas com a vida.
Ao serviço desta Igreja Diocesana da Guarda… esteja onde estiver quero sempre testemunhar com palavras e com a minha vida este Jesus em quem acredito e quero seguir com radicalidade.

2º- parte… quero contar-vos um segredo…
Sabeis porque sou padre?
Eu sei! Tenho certeza…
Sou Padre porque Deus quer e não por mérito meu… Isto para mim é claro…Acredito que Deus me quer ao seu serviço como padre por três motivos…

1- Deu-me a família que tenho… (cristã, empenhada no trabalho, solidária…sólida) Sem a família que tenho. Sem a educação que recebi em casa dificilmente conseguiria chegar a ser o que hoje sou. Tenho a grande felicidade de ter uma família que sempre respeitou as minhas opções…sempre me ajudou a crescer integralmente e sempre procurou dar-me todas as condições para que eu seja autenticamente feliz! Sem pressões… Tenho a grande felicidade de ter uma família que sinto como “porto seguro de abrigo” onde me sinto amado e verdadeiramente feliz. Os padres não surgem por geração espontânea… surgem quando têm sólidas raízes assentes em famílias que podem ser simples…iletradas até…mas famílias que se amam e tudo fazem para todos e cada um dos seus membros serem autenticamente felizes.

2- Sou padre porque tive a sorte de ter uma educação no Seminário – Uma educação sólida e fraterna! Teria muito de agradecer a todos aqueles e aquelas que se entregam à causa dos Seminário! É uma educação exigente mas autentica. Agora, entando como estou no Seminário do Fundão, é que valorizo autenticamente o trabalho, a dedicação e o amor à causa de todos os que no seminário me ajudaram a crescer e a desenvolver as minhas capacidades.


3- Sou padre porque muita oração fizeram por mim e sempre fui muito bem acompanhado pelos meus párocos.
Outro dos motivos principais…outro dos segredos de eu ser padre é o facto de sempre ter sido acompanhado pela oração de muita gente! Eu sei que aqui… na minha terra sempre houve gente (humilde e de forma anónima) que muito rezou por mim! Muita gente, de forma diária rezou por mim… para com essas pessoas tenho uma divida de gratidão imensa!
Sempre me consolou imenso saber que estava acompanhado pela oração de muita gente… Obrigado! Muito obrigado.
Tenho também uma divida imensa de gratidão pelos padres que por esta nossa terra passaram… O exemplo impressionante do Pe. Araújo, a amizade autentica e profunda do Pe. Freire jamais posso esquecer!
O meu sonho de menino era…quando fosse grande falar bonito como o Senhor padre da terra. Com esta homilia de certo que o meu sonho ainda não se cumpriu totalmente! Por isso continuo a precisar da vossa presença pela oração e pela amizade.
Espero que um dia alguém, depois de me ouvir, possa dizer que também ele quer falar bonito como o Senhor padre.
Sou sacerdote… estou ao serviço desta diocese da Guarda
O caminho da felicidade não está no fim da jornada, mas sim em cada curva do caminho que percorremos para a encontrar. Que nas curvas e contra curvas da minha vida sempre consiga dizer que o amor não se conjuga no passado: O amor a Jesus Cristo não pode ter passado ou se ama para sempre, ou nunca se amou verdadeiramente.
Meu Deus eu quero para a minha vida o que Tu queres… Em Ti confio plenamente e a Ti me entrego sem reservas!

Nas tuas mãos, ó Pai…
Entrego a minha vida!
Eu quero o que Tu queres,
Meu Deus, minha guarida!

Amar, confiar e partir
Para sonhar e viver;
Caminharei a sorrir
Por saber que estou
In manus Tuas Pater!

A Tua mão protectora
Sempre me há-de acompanhar!
Seguir-Te-ei, pois me chamas…
Eu sei quem quero amar!

Nas mãos de Maria Santíssima deposito meus sonhos, projectos e anseios! Que Maria Santíssima os leve a Jesus e Ele me cumule das suas graças e bênçãos.
Louvado seja Jesus Cristo por me querer como sacerdote! Serei no mundo os braços deste Cristo que amo, que me cativou e me chama de forma radical ao seu serviço.

26/10/05

Entrevista ao Jornal "A Guarda"



“A Guarda”: - Quem é o Pe. António Carlos?

Pe. António Carlos: Sou um jovem que há 25 anos nasceu na paróquia de Vale de Azares, Celorico da Beira, no seio de uma família cristã.
Com dez anos fui frequentar o Seminário Menor do Fundão porque na minha terra as pessoas confundiram timidez com “santidade”, julgo eu! Ainda bem que confundiram…digo eu agora.
Estudei no Seminário do Fundão de 1990 até 1995 tendo depois, numa opção mais consciente, ingressado no Seminário da Guarda. Terminado o ensino secundário ingressei no Instituto Superior de Teologia em Viseu, onde me licenciei no ano de 2003/2004. No último ano estive a estagiar, como educador/professor, no Seminário do Fundão.

A.G.: Foi complicado chegar ao sacerdócio?

Pe. A.C.: Nada de sólido se constrói na facilidade! Seria inconsciente se optasse por ser sacerdote de ânimo leve! Este passo que dou exige de mim um esforço pessoal de abnegação e entrega à oração, à formação teológica constante e ao serviço dos outros por amor a Jesus Cristo e ao Evangelho.

A.G.: Que espera da Igreja da Diocese da Guarda?

Pe. A.C.: O sacerdócio exige de mim uma entrega e dedicação total ao Reino. Estarei ao serviço da Igreja Diocesana de forma radical. Como acólito enviaram-me para o Seminário do Fundão, sempre procurei exercer da melhor forma… agora, como padre, mais tenho obrigação de me entregar a esta missão que o bispo diocesano me confiou. Espero que a nossa Igreja Diocesana consiga, cada vez mais, dar testemunho de comunhão e solidariedade dentro do presbitério, entre os leigos e entre uns e outros.

A.G.: Como vai ser a sua missão pastoral?

Pe. A.C.: Até Setembro do próximo ano sei que fico no Seminário do Fundão! Depois o futuro a Deus pertence e o Sr. Bispo lá saberá…Se eu gostaria de ficar? Para já é esta a realidade que conheço… Não conheço profundamente a realidade paroquial. Enquanto estiver tudo farei para gostar de estar… se um dia deixar de estar, tudo farei para gostar da nova missão.
O mais importante é que eu consiga ser alguém sempre próximo…alguém amigo à imagem de Cristo Bom Pastor…sempre solícito! O mais importante será ser sempre um bom sacerdote; um pastor dedicado a todos e a cada um dos que lhe estão confiados.Um bom sacerdote é aquele que reza por si; reza com e pelos outros! Um bom sacerdote é aquele que serve porque ama… confia porque acredita em Jesus e sabe que sozinho é apenas um detalhe da criação… com Jesus consegue fazer a diferença! Um bom sacerdote sabe que não faz mais que semear; é aquele que administra aquilo que Deus dá!

A.G.: Em sua opinião qual a razão da crise de vocações?

Pe. A.C.: Para mim, na minha humilde opinião, julgo que a crise de vocações se deve fundamentalmente a duas problemáticas:
Em primeiro lugar o problema das famílias! Cada vez mais encontramos famílias disfuncionais e crianças que crescem sem as referências religiosas e morais da fé em Jesus.
Em segundo lugar esta cultura e esta sociedade que privilegia o barulho em vez do silêncio… o imediato em detrimento do autêntico. Deus continua a chamar e a falta de vocações, por certo, não é “culpa” d’Ele. Falta uma cultura de silêncio e oração.
Quem me dera ter uma receita para resolver estas problemáticas.

In: www.jornalaguarda.com

20/10/05

Ser PADRE


Apontar o caminho a quem procura
Chegar a casa ao fim de cada dia;
Pregar a Deus a toda a criatura;
Abrir na terra fontes de alegria.

Erguer ao Céu, nas mãos, a Hóstia Pura
E o Cálix da Divina Eucaristia;
Subir com Cristo a Rua da Amargura
Junto da Cruz fazer-Lhe companhia.

Ser Padre é isto! É ser o Bom Pastor,
De montanha em montanha, dor em dor:
Dar rosas de ouro às almas entre abrolhos.

Quem no Padre não vê Jesus que passa,
Passa longe dos Anjos e da Graça,
Como cego que a Deus refeche os olhos.

Moreira das Neves

19/10/05

Entrevista do Diácono Tó Carlos ao Jornal “Manhã Radiosa” – Jornal do Seminário Menor do Fundão.


Manhã Radiosa: Como descobriu a sua vocação?
Diácono Tó Carlos: Partindo dessa questão alguém poderia realizar um filme… uma longa-metragem!
Costumo dizer que vou descobrindo diariamente a minha vocação. A minha vocação fundamental, acredito, é ser sacerdote… o modo como realizo a minha vocação vou descobrindo no meu dia a dia.
Ontem, hoje e amanha vou procurando construir o meu caminho de realização e felicidade… este caminho é o meu caminho vocacional. A vocação será a minha resposta a diária a Deus em ordem a uma fidelidade à sua vontade para mim... se descobrir qual a vontade de Deus para mim, se a colocar em prática realizar-me-ei e serei feliz.

M.R.: Quando e como veio parar ao Seminário de Fundão?
D.T.C.: Terminei o curso de Teologia no ano lectivo 2003-2004 e, no ano lectivo transacto vim trabalhar para o Seminário Menor. Foi terminar o Seminário e começar de novo! Em funções diferente é claro!...
As circunstâncias foram especiais porque vim numa altura em que o D. António já estava doente e por isso ausente da Diocese e ainda não tínhamos bispo coadjutor.

M.R.: Quando entrou para o Seminário tinha ideia de chegar a ser sacerdote?
D.T.C.: Vim para o Seminário com 10 anos! Vim porque quis. Tenho no entanto a sensação que na altura confundiram a minha timidez natural com “santidade”. Ainda bem que confundiram… digo eu agora!

M.R.: Durante o seu tempo de seminarista o que achava da missa diária, da equipa educadora e do seminário?
D.T.C.: Não sou diferente de vós e de certo que, na altura, pensaria aquilo que vós agora pensais! Com certeza também julgava a missa uma “seca” e também terei dito mal dos educadores e do Seminário!
Só o tempo nos ensina a valorizar a vida no seminário e a formação integral que a equipa educadora procura sempre semear.

M.R.: A escolha do Sacerdócio é difícil?
D.T.C.: Nada de sólido se constrói na facilidade. Seria inconsciente se opta-se por ser sacerdote de animo leve! Este passo que vou dar exige de mim um esforço pessoal de abnegação e entrega à oração, à minha auto formação teológica e ao serviço dos outros por amor a Jesus Cristo e ao Evangelho.

M.R.: Como está a reagir a sua família?
D.T.C.: À minha família devo tudo! Sempre me apoiaram! Sempre quiseram e tudo fizeram para que eu fosse muito feliz. A educação que deles recebi, o amor que sempre me transmitiram é a minha base e será sempre o meu mais seguro “porto de abrigo”. No final desta etapa é evidente que estão felizes porque eu estou feliz!

M.R.: O que acha que irá sentir quando estiver a ser ordenado?
D.T.C.: Estarei como sempre estou…nervosinho e atrapalhado por ser o centro das atenções! É o momento de uma vida…um momento de consagração a Deus no serviço ao próximo.

M.R.: O que pensa que vai mudar na sua vida?
D.T.C.: O que vai mudar? Pouco espero! O sacerdócio exige de mim uma entrega e dedicação total ao Reino. É isso que, já agora, como Diácono, tenho tentado sempre fazer. Estarei ao serviço da Igreja Diocesana de forma radical. Como acólito enviaram-me para o Seminário do Fundão sempre procurei exercer da melhor forma…agora como padre mais obrigação tenho de me entregar a esta missão que o bispo diocesano me confiou.

M.R.: Ao tornar-se sacerdote gostaria de continuar no seminário ou ir para uma paróquia?
D.T.C.: Até Setembro do próximo ano sei que fico no Seminário! Depois o futuro a Deus pertence e o Sr. Bispo lá saberá…
Se eu gostaria de ficar? Para já é esta a realidade que conheço… Não conheço profundamente a realidade paroquial. Enquanto estiver tudo farei para gostar de estar… se um dia deixar de estar tudo farei para gostar da nova missão.

M.R. O que é um padre?
D.T.C.: É alguém próximo…alguém amigo à imagem de Cristo bom pastor…sempre solicito!

M.R. De certeza que ao longo destes anos, houve momentos marcantes na sua vida. Partilhe connosco alguns desses momentos especiais.
D.T.C. Foram tantos o momentos especiais…foram tantos os momentos difíceis…. foram tantos os momentos marcantes nesta caminhada. Conto-vos um que acho importante! Sabeis porque vou ser padre? Eu vou ser padre porque sempre houve muita gente a rezar por mim. Sei que na minha terra natal todos os dias algumas dezenas de pessoas rezavam por mim…ao longo dos 14 anos de seminário houve sempre gente que rezou para que eu chegasse um dia a ser padre. Quando eu descobri isto… quando me dei conta desta força que me vinha da oração destas pessoas tive muita mais coragem para continuar a procurar qual a vontade de Deus para mim.

M.R. Por fim, deixe-nos um conselho…
D.T.C.: É para isso que cá estou! É isso que faço todos os dias aqui! Mais um… Aproveitai ao máximo aquilo que o Seminário coloca ao vosso dispor… crescei autenticamente como Homens e cristãos conscientes!
Amai aquele que muito nos ama! Jesus Cristo!

Oração pessoal


Os meus propósitos

Meu Senhor e meu Deus, nesta cultura violenta quero testemunhar-Te levando ao mundo palavras de união!

Neste tempo onde todos querem ser servidos, que eu manifeste no mundo a alegria que é servir.

Quando tantos fecham a mão para bater, para agredir, que eu abra o coração para acolher.

Num mundo que adora a máquina e a técnica que eu saiba humanizar a pessoa.

Neste mundo que perdeu o sentido do valor da vida que eu ajude a dignificar a existência humana como dom do Teu amor!

Meu Pai do céu… em Ti confio! Em Ti deposito meus sonhos, projectos e anseios! Serei feliz porque jamais abandonas aqueles que amas!

Neste mundo onde todos olham apenas a terra, que eu saiba sempre olhar e apontar o céu!

Nas tuas mãos, òh Pai, entrego confiadamente a minha vida! Faz de mim teu fiel instrumento… para sempre!

11/10/05

Bispo Português fala no Sinodo dos Bispos em Roma


Intervenção de D. Albino Cleto na 12ª Congregação Geral

Penso que deveria resultar deste Sínodo uma palavra de estima e de estímulo comum para com os nossos sacerdotes e os seus colaboradores, que fazem tantos sacrifícios para garantir ao povo de Deus a celebração do Domingo.
Neste espírito de pastores vigilantes e de irmãos que ajudam, nós devemos, portanto, estar atentos aos desvios que se acentuam, pelo menos no meu país.
Apresento três tendências, boas em si mesmas, mas nas quais a Eucaristia tende a desviar-se do que ela é - celebração litúrgica e santa do mistério sacramental – para tornar-se um simples serviço religioso.
Em primeiro lugar: a preocupação principal dos padres em garantir a Missa, que os fiéis exigem, negligenciando a qualidade da celebração. Numa sociedade secularizada, o alimento não basta, é preciso preparar a mesa. Mais importante do que colocar a hóstia na mão ou na língua do fiel é fazê-lo com a dignidade que transmite a fé.
Em segundo lugar: no desejo de ser aceites pelas pessoas que nos ouvem, os nossos padres consideram a Eucaristia como uma comunhão na mesa da igualdade. Comprometamo-nos numa catequese na qual a comunhão seja, antes de mais, comunhão com o Cordeiro imolado e oferecido.
Terceiro: multiplicamos as celebrações dominicais que, na ausência de um padre, são presididas por diáconos ou leigos. É uma bênção, mas a facilidade com que se procede à substituição da Missa por estas celebrações preocupa-me. Seria necessário, pelo menos, que os ritos sejam mais nitidamente diferenciados.
Fonte Eclesia, www.ecclesia.pt

08/10/05

Recado aos Padres desalojados e aos que dizem que lhos roubaram...


“Queria sem intenção de ferir, dizer umas coisas simples aos padres em causa. Olhem, amigos, nós, os que estamos cá fora precisamosde vós, como servidores do Povo de Deus, como testemunhas de Cristo, Servo, pobre e humilde, como companheiros de jornada, como padres desinstalados, que não se servem a si mesmos e não como prepotentes que começaram agora a vida e já se sentem humilhados”.Sou um simples cidadão normal, como todos os cidadãos mortais e sou membro do Povo de Deus, como os outros membros do Povo de Deus. É como tal que escrevo. Nem o sei fazer de outra maneira. Um dia de uma semana passada, ao passar pela cidade, dei de caras com uma notícia num jornal cá do sitio:“Bispo vaiado na Vermiosa”, escrevia-se lá. E relatava as atitudes de um povo que se sentia roubado. Fiquei atónico. Já tinha lido no Público o relato da vígilia silenciosa de Gonçalo e mais duas paróquias, frente ao Paço Episcopal. Também me tinha soado algo sobre Alfaiates. Mas não queria acreditar que o Bispo tivesse tido de passar por tal enxovalho. Queria sem intenção de ferir, dizer umas coisas simples aos padres em causa. Olhem, amigos, nós, os que estamos cá fora precisamosde vós, como servidores do Povo de Deus, como testemunhas de Cristo, Servo, pobre e humilde, como companheiros de jornada, como padres desinstalados, que não se servem a si mesmos e não como prepotentes que começaram agora a vida e já se sentem humilhados. Pode doer, sair de uma paróquia ou mais, que vos estimava, mas será bom que vos debruceis sobre uma ou mais passagens do Evangelho. A primeira, a entrada de Jesus em Jerusalém. Puseram as capas no chão, para que o Mestre não ferisse os seus pés nas pedras, levantaram ramos de palma e de oliveira, cantaram: “Hossana ao filho de David, bendito o que vem em nome do Senhor”. Foi muito bonito, foi sim senhor. Mas, os mesmissimos que fizeram isto, na sexta feira seguinte gritaram: “crucifica-o. Que o seu sangue caia sobre nós e nossos filhos. Foi muito feio, mesmo muito feio. Os apoios das multidões, são relativos. Hoje, cantam-vos louvores e continuarão a cantar até vos apanharem numa falha e apanham; porque vós não sois infalíveis. Ou sois? E no dia seguinte, quando isso acontece, ou acontecer, cuidai-vos. Irão à vossa porta gritar: põe-te daqui para fora que não és de cá. Eu já vi e ouvi e não foi bonito. Sabei que os povos têm a memória curta, muito curta e agem à medida de quem os conduz. E quem os conduz não será propriamente o mais interessado ou interessados, no bem da paróquia. Os padres mais velhos, que estão calados e talvez não devessem estar, já todos passaram por isso. Acreditar nas louvaminhas dos povos? Cuidado, senhores padres, não é muito aconselhável. A outra passagem do Evangelho ainda é mais simples. No fim do regresso de uma das missões a que o Senhor enviou os seus apóstolos, disse-lhes: “e quando tiverdes feito todas estas coisas, dizei: somos servos inúteis, só fizemos o que deviamos fazer”. E, se fizestes coisas boas nas paróquias onde estivestes, porque não haveis de fazê-las também naquelas para onde fostes nomeados e que estão ávidas para vos acolher? Ajudai o pobre do bispo que ainda agora aqui chegou, pensou que aqui morava gente honrada e já está a levar pancada. Boa poesia, não?Que direi aos povos? O Bispo tirou-vos um padre, mas deixou-vos outro. Podia não ter deixado nenhum e seria bem pior. O Bispo dá o que tem e o que não tem, muitas vezes. Neste momento, penso ainda pode dar. Mas, por este andar, não sei se dará. Além do mais, é uma imagem muito má a que a diocese dá ao resto do país cristão. Nos congressos e jornadas que fazeis, falais da renovaçao da diocese. Será esta a renovação, que se pretende? Que apoio se está a dar ao pobre do Bispo que está a ter um batismo de fogo?E disto aproveitam-se as televisões, parcas de escrúpulos, que não querem saber de nada, quer dos padres em causa, quer dos povos. Afinal, o que conta? O sensacionalismo, ou o serviço ao Povo de Deus."
Pereira Ramos - In Jornal "A Guarda" de 6 de Outubro de 2005

21/09/05

Convite...

Missa Solene
Ordenação Sacerdotal
...
Pater, in manus Tuas…

Nas tuas mãos, ó Pai…
Entrego a minha vida!
Eu quero o que Tu queres,
Meu Deus, minha guarida!

Amar, confiar e partir
Para sonhar e viver;
Caminharei a sorrir
Por saber que estou
In manus Tuas Pater!

A Tua mão protectora
Sempre me há-de acompanhar!
Seguir-Te-ei, pois me chamas…
Eu sei quem quero amar!
...
Maria da Conceição dos Santos Cavaca Martins
e
Acácio Martins Fernandes

Têm a alegria de anunciar a Ordenação Sacerdotal do seu filho
António Carlos dos Santos Martins
na Sé Catedral da Guarda no próximo dia 23 de Outubro de 2005
pelas 16.00h.

Têm também muito gosto em o convidar a si
Caro amigo (a)
para a Eucaristia Solene que terá lugar em Vale de Azares, pelas 15.00 horas
do dia 30 de Outubro
.
...
Agora…
Só Te amo a Ti,
Só Te sigo a Ti,
Só Te busco a Ti…
S. Agostinho – Solilóquios 1,1

18/09/05

A Igreja tem de se renovar...


Interessantes estas palavras!

Bento XVI defendeu esta manhã que “a Igreja deve sempre renovar-se e rejuvenescer”, num discurso dirigido aos participantes do Congresso Internacional sobre o tema “A Sagrada Escritura na vida da Igreja”.A iniciativa assinala os 40 anos da Constituição dogmática “Dei Verbum”, sobre a divina Revelação, promulgada há 40 anos. O Congresso decorre entre 14 e 18 de Setembro, organizado pelo Concelho Pontifício para a Unidade dos Cristãos e pela Federação da Bíblia Católica.“Estamos gratos a Deus porque nestes últimos tempos, graças ao impulso imprimido pela Dei Verbum, a importância fundamental da Palavra de Deus foi mais profundamente revalorizada”, disse o Papa aos presentes, que provinham de 98 países.No seu balanço destas quatro décadas, Bento XVI apontou “a renovação da vida da Igreja, sobretudo na pregação, na catequese, na teologia, na espiritualidade e no próprio caminho ecuménico”.

15/09/05

Depois das férias!


Depois das férias de novo o trabalho… de novo os dias ocupadíssimos passados a correr entre papéis, aulas, actividades imensas e muita gritaria!
Depois das férias novos projectos… de realizar esta e aquela coisa que acho fundamental…projectos e mais projectos… aspirar ser melhor que no ano transacto!
Depois das férias de novo a rotina apressada!
Depois das férias a vontade de recomeçar...e o medo de falhar!
Para todos feliz ano novo… Que o nosso maior Amigo a todos abençoe e acompanhe sempre e nos auxilie a realizar aquilo que o nosso coração mais anseia.

Para um amigo um abraço... isso passa! Força.

10/09/05

A minha homilia para o XXIV Domingo do Tempo Comum - A


As leituras deste XXIV domingo do tempo comum, mais uma vez nos propõe como tema de meditação a bondade, o amor e o perdão de Deus para quem o quiser aceitar. Sentimentos estes que nós deveremos imitar. Cultivando-os estaremos em mais intima comunhão com Deus nosso Pai e nosso criador.
As leituras apresentam-nos hoje um Deus que ama incondicionalmente a sua obra que criou! Um Deus que ama sem cálculos, sem limites e sem medida. Este Deus pede apenas que, imitando-O, também nós amemos os irmãos que, dia a dia, caminham lado a lado connosco!
A primeira leitura (retirada do livro de Ben-Sirá) procura deixar claro que a ira e o rancor são sempre sentimentos maus; que jamais podem ser caminho para uma realização plena e feliz do homem! A ira e o rancor jamais permitirão ao coração humano ser autenticamente feliz e livre!
O livro de Ben-Sirá apresenta um pouco o que significa ser possuidor da verdadeira sabedoria. Esta verdadeira sabedoria não se adquire apenas nos livros e no estudo apurado! A verdadeira sabedoria é oferecida aos homens piedosos por Deus.
Possui a verdadeira sabedoria aquele que não se deixa dominar pelo rancor, pela ira ou por sentimentos fáceis de vingança!
Possui a verdadeira sabedoria aquele que é capaz de perdoar e de se compadecer com o seu semelhante! Esse é sábio…esse é feliz!
O texto sagrado é fundamentalmente um apelo a invertemos a lógica do “olho por olho, dente por dente” de forma a que as nossas relações com os irmãos sejam marcadas por sentimentos de perdão e misericórdia. Só assim, livre de coração, em paz com os irmãos o homem pode ser autenticamente feliz. Só assim o homem pode dizer-se Filho de Deus porque emita o modo de proceder do Pai.
Este modo de proceder é importante porque a nossa vida, a nossa existência terrena, está marcada pela brevidade e pela finitude e, querendo ter uma existência terrena feliz, não podemos estraga-la com sentimentos que magoam os outros e nos magoam a nos mesmos!
Muitos dos nossos irmãos pensam que só nos afirmamos, só nos realizamos e só triunfamos quando somos fortes ou quando respondemos com força e agressividade aos outros. O autor do texto da primeira leitura ensina que “a sabedoria” e êxito e a felicidade do homem não passam por cultivar sentimentos negativos em relação aos outros. O que nos trás paz, o que nos faz sentir em harmonia connosco, com Deus e com os outros não são os gestos violentos mas sim os gestos de perdão de bondade e misericórdia!
O evangelho retoma este tema presente na leitura de Ben - Sirá. O tema do perdão! E Jesus mostra que perante este tema tem ideias radicais! Jesus quer que se perdoe sempre!
Para os Judeus perdoar devia ser um esforço permanente, no entanto, pensavam que o perdão só o deviam àqueles que faziam parte do seu povo. Jesus ao dizer que se deve perdoar até setenta vezes sete quer testemunhar, face aos seus contemporâneos, que o perdão é para ser dado mesmo aos inimigos!
O texto sagrado aponta para esta exigência difícil de perdoar sempre de forma radical e ilimitada! O mandamento do perdão, como Jesus o ensina, não permite meias tintas, desculpas ou rancores de coração.
No nosso tempo, na nossa cultura parece que o perdão é próprio dos fracos, dos vencidos, dos que desistem de impor a sua personalidade e a sua visão do mundo! Jesus diz que a verdade é outra…perdoar é para gente forte interiormente! Perdoar é para os que sabem o que é verdadeiramente importante é para os que estão dispostos a renunciar ao seu orgulho e auto-suficiência!
Este perdão que Jesus exige aos seus discípulos não significa ceder diante daqueles que nos magoam e nos ofendem! Este perdão que Jesus pede para praticar significa encolher os ombros e seguir adiante perante as injustiças! Este perdão que Jesus pede não significa “deixar correr mundos e fundos”! Este perdão que Jesus pede não é sinónimo de pactuar com injustiças e opressões (sociais, politicas ou culturais!). Não é silêncio cobarde / conformismo ou indiferença!!!
O perdão que Jesus pede não significa isolar-se no silêncio ou demitir-se das responsabilidades na construção de um mundo melhor! O perdão que Jesus pede significa estar disposto a ir ao encontro, a estender a mão, a recomeçar o diálogo… a dar sempre outra oportunidade.
Se assim procedermos podemos dizer, como S. Paulo, na segunda leitura!
Devemos perdoar sempre e amar como Deus já nos amou e continua a amar! Pois, nenhum de nós vive para si mesmo…nenhum de nós morre para si mesmo! Se vivemos… vivemos para o Senhor…se morremos morremos para o Senhor! Quer morramos quer vivamos pertencemos ao Senhor! Esta certeza deve encher de alegria o nosso coração… esta certeza deverá responsabilizar-nos na edificação de um mundo melhor! Isto não pode ser uma utopia ou sonho…não podem ser simples palavras bonitas! Devemos ser a fieis a Jesus perdoando sempre…amando sempre o próximo desmesuradamente… Devemos eliminar todos os ódios e rancores que podem afectar o nosso coração! Isto não é para os outros, é para mim… se assim proceder não mudarei todo o mundo mas de certo mudarei para melhor o “meu mundo”!

06/09/05

Parabéns caros colegas e amigos...



Dois dos meus colegas de seminário foram agora ordenados sacerdotes. Fui a Ribolhos... Adorei partilhar com eles estes momentos!
Júlio e César...o nosso abraço!
Aguardamos a visita...

"A Igreja de Viseu ficou mais rica com dois novos sacerdotes. Ontem, dia 4 de Setembro, D. António Marto, bispo daquela diocese, ordenou dois novos presbíteros naturais de Ribolhos (arciprestado de Mões): Pe. José Júlio Maria de Almeida e César Martinho Duarte CatarinoNa homilia, o Bispo de Viseu falou da missão do padre como sentinela: “Aquele a quem é confiado velar pelo bem da cidade, perceber os sinais de esperança ou de ameaça, um homem de Deus, atento a todos os problemas dos homens e da vida. Padre sentinela da esperança!”. A seguir afirmou: “Faz-te ao largo, não tenhas medo! Serás agora pescador de homens. Sai do teu pequeno mundo e abre-te a novos horizontes. Confia na Palavra do Evangelho. Serás pescador de homens. Conquistador de homens para Deus, para Jesus Cristo. O mar para os homens é símbolo do abismo. Deveis tirar os homens das águas salgadas das alienações e escravidões. Não tenhas medo Pedro, César, Júlio…, o Senhor está convosco. Sede servidores da alegria do Evangelho de Cristo!”. Ao comentar o lema que os ordinandos escolheram “Fiz-me tudo a todos”, D. António Marto acrescentou: “A todos vós aqui presentes, peço-vos do fundo do coração que acolhais como um dom, com gratidão, estes novos padres; ajudando-os, apoiando-os, recordando-vos que o sim que vão dizer a Deus é um sim para vós, para o serviço do povo de Deus para a humanidade inteira. Permite que estes padres sejam verdadeiramente padres, totalmente padres, que possam abrir as vossas casas, famílias e corações ao conhecimento do amor infinito de Deus. Tendo confiança neles, que nesta sociedade tão confusa foram capazes de fazer uma escolha contra a corrente dominante para testemunharem a mensagem de graça e salvação”. "

Noticia da Agência Ecclésia

Fátima....





Abençoai a nossa Diocese!
Peregrinação Diocesana a Fátima.

In www.jornalaguarda.com

03/09/05

Pater, in manus Tuas...


Nas tuas mãos, ó Pai…
Entrego a minha vida!
Eu quero o que Tu queres,
Meu Deus, minha guarida!

Amar, confiar e partir
Para sonhar e viver;
Caminharei a sorrir
Por saber que estou
In manus Tuas Pater!

A Tua mão protectora
Sempre me há-de acompanhar!
Seguir-Te-ei, pois me chamas…
Eu sei quem quero amar!

Obrigado Luis e Paulo pela ajuda!

01/09/05

Feliz noticia!


No final do Mês de Outubro provavelmente este espaço virtual deixará de se intitular "Diácono Tó Carlos" e passará a ser o espaço do "Padre Tó Carlos". Para mim e pelo aumento das vocações sacerdotais quero pedir as vossas orações!
Obrigado G.P. pelos fantásticos desenhos!

29/08/05

Eles estiveram em Colónia...


Estes jovens, da Diocese da Guarda, estiveram em Colónia nas Jornadas Mundiais da Juventude! Dizem que valeu a pena... por isso não querem esquecer. Visitem... http://jmjguarda.blogspot.com/

27/08/05

XXII Domingo Comum - A


Palavras que meditei e quero partilhar a respeito da Liturgia do XXII domingo.

A leituras deste dia, o XXII do tempo comum, convidam-nos a descobrir o amor de Deus. Este amor do Criador pelas suas criaturas é um “amor louco”! Um amor total, pleno e definitivo.
O “amor louco” que Deus tem pelas suas criaturas exige, da parte destas, uma resposta! Deus exige de cada um de nós uma resposta amorosa!
Deus porque muito nos ama… criou-nos, enviou-nos o seu Filho para o conhecermos em plenitude e aguarda por nós no seu reino eterno! Tudo o que Deus pede é que as suas criaturas respondam com amor ao amor que ele já manifestou e continuamente continua a manifestar pelo Espírito Santo!
A resposta amorosa que Deus nos pede a nós…seus Filhos… é o esforço por traçar no mundo um caminho de amor, carregando diariamente a nossa cruz! (isto resume os textos sagrados deste domingo)
Sobre esta temática, falava a primeira leitura… Jeremias conta a sua experiência pessoal! Este profeta, seduzido por Deus, colocou toda a sua vida ao serviço deste mesmo Deus, procurando colocar-se sempre ao serviço dos projectos divinos! No “caminho” da sua existência esta fidelidade a Deus fez com que tivesse de enfrentar os poderosos e teve de colocar em causa a lógica do mundo! Este enfrentar a lógica humana trouxe-lhe sofrimento, solidão e perseguição!
Na leitura Jeremias lamenta-se pelo peso da cruz que tem de suportar. Ser profeta…ser testemunha de Deus…testemunhar este amor Divino que Deus nos tem exige enfrentar injustiças, opressões… Testemunhar o amor Divino significa colocar em causa os interesses egoístas e os esquemas materialistas sobre os quais se constrói a história do homem e do mundo!
Também nós, como Jeremias, porque somos baptizados somos chamados a ser profetas! Somos chamados a ser a “boca” de Deus no Mundo! Somos chamados a amar de forma apaixonada a palavra de Deus e a coloca-la em prática! Se nos esforçarmos por proceder como Jeremias estaremos a ser profetas da verdade e fieis testemunhas de Jesus! Se assim procedermos sabemos que estaremos a correr riscos… de certo que a nossa cruz ficara mais pesada! Com certeza muitas vezes nos lamentaremos de estarmos a lutar sozinhos… mas Deus jamais abandona os que O amam e a justiça final virá quando formos chamados a tomar posse do seu reino eterno!
O evangelho vem na mesma linha de ideias da primeira leitura! Jesus avisa os seus discípulos de que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas passa pelo carregar da cruz diária e pelo testemunho de vida. O próprio Jesus quis percorrer esse caminho! Ele nunca buscou honras humanas… foi fiel à vontade do Pai até à morte! Teve de carregar a cruz mais pesada e deu a própria vida para testemunhar o amor do Pai! Quem quiser ser seu discípulo tem de aceitar percorrer um caminho semelhante!
No evangelho é colocada frente a frente a lógica dos Homens (Pedro) e a lógica de Deus (Jesus)! A lógica dos Homens assenta muitas vezes no poder, no domínio, no prestigio e no êxito social! A lógica humana garante-nos que a vida só tem sentido, só tem sabor se estivermos sempre do lado dos vencedores, dos ricos dos socialmente reconhecidos! Na lógica do mundo só os famosos, só os que ocupam um lugar importante na politica ou na televisão são felizes!
A lógica de Deus é radicalmente diferente! Aposta na entrega da vida a Deus e aos irmãos! A lógica de Deus garante-nos que a vida só faz sentido se assumirmos os valores do reino e vivermos no amor, na partilha, no serviço, na humildade e simplicidade.
No nosso dia a dia somos confrontados com estas duas lógicas! Qual será a nossa escolha?! Qual a lógica que comanda a nossa existência?
A lógica humana parece conduzir a uma felicidade mais imediata… a lógica divina parece ser demasiado utópica e distante! A lógica humana não exige tanto esforço mas de certo não nos preenche plenamente o coração nem nos concederá uma vida eterna de felicidade! A lógica humana pode dar felicidade, reconhecimento social… muitas palmas e adolaçoes…mas não da de certo paz de consciência nem conforto de coração. Só a lógica de Deus… na sua exigência pode preencher o coração!
A lógica de Deus exige tomar a cruz! Tomar a cruz é amar até às ultimas consequências! Quem quiser seguir Jesus tem de estar disposto a dar a vida pelos irmãos! Quem quiser dizer-se cristão tem de lutar contra as injustiças de todo o tipo! O cristão baptizado… o cristão consciente não tem medo de lutar contra a miséria, a exploração, o pecado! O cristão verdadeiro não tem medo das represálias dos poderosos na terra!
Aquele que segue a lógica de Deus sabe que tem de carregar a sua cruz sabendo sempre que Deus o ama muito!
O seguidor de Jesus é aquele que está disposto a dar a vida para que os seus irmãos sejam mais livres e mais felizes. O cristão consciente não renega o baptismo e compromete-se diariamente em lutar contra tudo o que priva o homem da liberdade verdadeira que só a verdade que é Jesus manifesta!
Deus ama-nos! Quer que carreguemos a nossa cruz e quer que o testemunhemos! Todos temos a nossa cruz… cada um queixa-se da sua! A nossa cruz, dizemos, é sempre a mais pesada a mais difícil de carregar! Nós não merecemos a cruz que temos de suportar… Neste domingo somos convidados a não murmurar contra a nossa cruz… carreguemo-la com coragem e determinação! Aquele que muito nos ama saberá recompensar o nosso esforço!
Por mais pesada que seja a nossa cruz não é mais dura que a de Jesus! A cruz que carregamos diariamente será a nossa santificação… será a chave que nos há-de abrir a porta da vida eterna!
Que Jesus nos ajude a sermos fieis ao seu amor! Que não tenhamos medo de abraçar a sua lógica em detrimento da lógica do mundo! Que Jesus nos ajude a carregar a nossa cruz de cada dia!

19/08/05

Obrigado por estes exemplos...


Como devem agora estar os dois felizes! De novo juntos... no Céu! Em nome da humanidade...obrigado!

A respeito da Jornada Mundial da Juventude

Papa impressiona os jovens após primeiros encontros

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Entusiasmo, satisfação e ainda alguma expectativa marcam o primeiro grande encontro de Bento XVI com os jovens de todo o mundo, na XX Jornada Mundial da Juventude.
Ao contrário das teorias que vêem neste tipo de encontro um “sofrimento” para um Papa professor, um sábio da Teologia, a dinâmica de Colónia tem mostrado que Bento XVI, apesar da sua timidez natural, também consegue cativar os jovens.
Não o faz pelo caminho mais fácil, porque a sua mensagem é densa, exigente e vai de encontro a alguns dos anseios e dúvidas mais comuns na juventude dos nossos dias. Aos que procuram um caminho para a sua vida e uma resposta para as suas interrogações, o Papa aponta a solução definitiva: Cristo.
Não é tanto o calor dos gestos, mas o das palavras de Bento XVI que cativou a geração “Wojtyla”, que cresceu à sombra de um outro Papa. O desafio é difícil e as comparações constantes, mas a resposta dada por um surpreendente Papa Ratzinger tem estado à altura das exigências.
A vontade de comunicar com os jovens é inegável e vê-se nos pequenos momentos como nos grandes discursos. Bento XVI deixa que os jovens falem, mas não deixa que o seu entusiasmo abafe aquilo que tem para lhes dizer – não tem sido raro vê-lo levar o dedo à boca, pedindo silêncio...
No seu primeiro contacto com os jovens, na Alemanha, o Papa deixou um forte apelo a todos os que participam nas Jornadas: “escancarai o vosso coração a Deus! Deixai-vos surpreender por Cristo! Concedei-lhe o direito de "Vos Falar" durante estes dias”.
A pesada herança de João Paulo II não pareceu pesar a Bento XVI, que permaneceu igual a si próprio neste encontro com os jovens, aos quais ofereceu um discurso caloroso, mas carregado de exigência. Lembrando que o Papa polaco soube compreender “os desafios com que os jovens de hoje são confrontados”, Bento XVI desafiou os presentes a “colocar em prática, todos juntos, os seus ensinamentos”.
No coração da Europa, onde a Igreja Católica parece em quebra, Bento XVI desafia a multidão da JMJ a inundar o Velho Continente com um novo sopro de vida. “É preciso, caros amigos, saber fazer as escolhas necessárias. No decorrer das Jornadas, convido-vos a um compromisso sem reservas para servir Cristo, custe o que custar”, sublinhou.
Para já, não são perceptíveis grandes diferenças entre esta JMJ e as 19 anteriores. Há um mesmo tom festivo, bandeiras de numerosos países, cantos até que não haja voz. Os hispânicos, sempre ruidosos, substituíram o já famoso “Juan Pablo II, te quiere todo el mundo” por “Benedicto, torero, te quiere el mundo entero”. E por onde quer que passe Bento XVI, há sempre alguém disposto a chamar por “Be-ne-de-tto”.

In: "www.ecclesia.pt"

05/08/05

Boas férias...


Finalmente é a minha vez! Vou de férias... Que bom!!!
"Não coloquem Deus de férias...levem Deus para férias!"
Obrigado por ter vindo aqui na minha ausência... Esta flor é para si!

04/08/05

A beleza...


A beleza só perdurará se for cultivada no plano do bem, da moral, da inteligência e do emocional e não só no físico!

01/08/05

Viemos adora-Lo...


Eis a bonita mensagem que João Paulo II deixou preparada para a XIX Jornada Mundial da Juventude... São palavras maravilhosas dirigidas a todos os homens de boa vontade e de forma especial aos jovens!

Caríssimos jovens!
1. Celebrámos este ano a XIX Jornada Mundial da Juventude meditando sobre o desejo expresso por alguns gregos, que chegaram a Jerusalém por ocasião da Páscoa: "Queremos ver Jesus" (Jo 12, 21). E eis-nos agora a caminho de Colónia, onde em Agosto de 2005 será realizada a XX Jornada Mundial da Juventude. "Viemos adorá-lo" (Mt 2, 2): eis o tema do próximo encontro mundial juvenil. É um tema que permite que os jovens de todos os continentes repercorram idealmente o percurso dos Magos, cujas relíquias, segundo uma tradição piedosa, são veneradas precisamente naquela cidade, e encontrem, como eles, o Messias de todas as nações. Na realidade, a luz de Cristo já esclarecia a inteligência e o coração dos Magos. "Eles partiram" (Mt 2, 9), narra o evangelista, lançando-se corajosamente por estradas desconhecidas e empreendem uma viagem longa e difícil. Não hesitam em deixar tudo para seguir a estrela que tinham visto surgir no Oriente (cf. Mt 2, 1). À imitação dos Magos, também vós, queridos jovens, vos preparais para realizar uma "viagem" partindo de todas as regiões do globo para Colónia. É importante que não vos preocupeis apenas da organização prática da Jornada Mundial da Juventude mas é necessário que vos ocupeis, em primeiro lugar, da sua preparação espiritual, numa atmosfera de fé e de escuta da Palavra de Deus.

2. "E a estrela... ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o Menino, parou" (Mt 2, 10). Caríssimos, é importante aprender a perscrutar os sinais com os quais Deus nos chama e nos guia. Quando temos a consciência de sermos guiados por Ele, o coração experimenta uma alegria autêntica e profunda, que é acompanhada por um desejo sincero de O encontrar e por um esforço perseverante em segui-lo docilmente. "Entrando na casa, viram o Menino com Maria, sua mãe" (Mt 2, 11). Nada de extraordinário à primeira vista. Contudo, aquele Menino é diferente dos outros: é o Filho unigénito de Deus que se despojou da sua glória (cf. Fl 2, 7) e veio à terra para morrer na Cruz. Desceu entre nós e fez-se pobre para nos revelar a glória divina, que contemplaremos plenamente no Céu, nossa pátria bem-aventurada. Quem poderia inventar um sinal de amor maior? Permaneçamos extasiados diante do mistério de um Deus que se humilha para assumir a nossa condição humana até se imolar por nós na cruz (cf. Fl 2, 6-8). Na sua pobreza, veio para oferecer a salvação aos pecadores, Aquele que como nos recorda São Paulo "sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza" (2 Cor 8, 9). Como dar graças a Deus por tanta bondade magnânima?

3. Os Magos encontram Jesus em "Bêt-lehem", que significa "casa do pão". Na humilde gruta de Belém jaz, colocado em cima de um pouco de palha, "o grão de mostarda" que, morrendo, dará "muito fruto" (cf. Jo 12, 24). Para falar de si e da sua missão salvífica Jesus, ao longo da sua vida pública, recorrerá à imagem do pão. Dirá: "Eu sou o pão da vida", "Eu sou o pão que desceu do céu", "o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo" (Jo 6, 35.41.51). Repercorrendo com fé o itinerário do Redentor da pobreza desde o Presépio até ao abandono na Cruz, compreendemos melhor o mistério do seu amor que redime a humanidade. O Menino, colocado por Maria na Manjedoura, é o Homem-Deus que veremos pregado na Cruz. O mesmo Redentor está presente no sacramento da Eucaristia. Na manjedoura de Belém deixou-se adorar, sob as pobres aparências de um recém-nascido, por Maria, por José e pelos pastores; na Hóstia consagrada adorámo-l'O sacramentalmente presente em corpo, sangue, alma e divindade, e oferece-se a nós como alimento de vida eterna. A santa Missa torna-se então o verdadeiro encontro de amor com Aquele que se entregou completamente por nós. Queridos jovens, não hesiteis em responder-Lhe quando vos convida para o banquete do Cordeiro" (cf. Ap 19, 9). Escutai-O, preparai-vos de modo adequado e aproximai-vos do Sacramento do Altar, sobretudo neste Ano da Eucaristia (Outubro de 2004-2005) que quis proclamar para toda a Igreja.

4. "Prostrando-se, adoraram-no" (Mt 2, 11). Se no Menino que Maria estreita entre os seus braços os Magos reconhecem e adoram o esperado pelas nações anunciado pelos profetas, nós hoje podemos adorá-lo na Eucaristia e reconhecê-lo como o nosso Criador, único Senhor e Salvador. "Abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra" (Mt 2, 11). Os dons que os Magos oferecem ao Messias simbolizam a verdadeira adoração. Mediante o ouro eles realçam a realeza divina; com o incenso confessam-no como sacerdote da nova Aliança; oferecendo-lhe a mirra celebram o profeta que derramará o próprio sangue para reconciliar a humanidade com o Pai. Queridos jovens, oferecei também vós ao Senhor o ouro da vossa existência, ou seja, a liberdade de o seguir por amor respondendo fielmente à sua chamada; fazei subir para Ele o incenso da vossa oração fervorosa, o louvor da sua glória; oferecei-lhe a mirra, isto é, o afecto replecto de gratidão por Ele, verdadeiro Homem, que nos amou até morrer como um malfeitor no Gólgota.

5. Sede adoradores do único Deus, reconhecendo-lhe o primeiro lugar na vossa existência! A idolatria é uma tentação constante do homem. Infelizmente há quem procure a solução para os problemas em práticas religiosas incompatíveis com a fé cristã. É grande a tentação de pensar nos mitos de fácil sucesso e do poder; é perigoso aderir a concepções evanescentes do sagrado que apresentam Deus sob a forma de energia cósmica, e de outras maneiras que não estão em sintonia com a doutrina católica. Jovens, não cedais a falsas ilusões nem a modas efémeras, que muitas vezes deixam um trágico vazio espiritual! Recusai as soluções do dinheiro, do consumismo e da violência dissimulada que por vezes os meios de comunicação propõem. A adoração do verdadeiro Deus constitui um acto autêntico de resistência contra qualquer forma de idolatria. Adorai Cristo: Ele é a Rocha sobre a qual construir o vosso futuro e um mundo mais justo e solidário. Jesus é o Príncipe da paz, a fonte de perdão e de reconciliação, que pode irmanar todos os membros da família humana.

6. "Regressaram ao seu país por outro caminho" (Mt 2, 12). O Evangelho esclarece que, depois de ter encontrado Cristo, os Magos regressaram ao seu país "por outro caminho". Esta mudança de caminho pode simbolizar a conversão daqueles que encontraram Jesus e foram chamados a tornar-se os verdadeiros adoradores que Ele deseja (cf. Jo 4, 23-24). Isto exige a imitação do seu modo de agir fazendo de si próprios, como escreve o apóstolo Paulo, um "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". O Apóstolo acrescenta depois que não se conformem com a mentalidade deste século, mas que se transformem renovando a mente, "para poder discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom e lhe é agradável é perfeito" (cf. Rm 12, 1-2). Escutar Cristo e adorá-lo leva a fazer opções corajosas, a tomar decisões por vezes heróicas. Jesus é exigente porque deseja a nossa felicidade autêntica. Chama alguns a deixarem tudo para o seguir na vida sacerdotal ou consagrada. Quem sente este convite não tenha receio de lhe responder "sim" e ponha-se generosamente no seu seguimento. Mas, além das vocações de especial consagração, existe também a vocação própria de cada baptizado: também ela é vocação àquela "medida alta" da vida cristã ordinária que se expressa na santidade (cf. Novo millennio ineunte, 31). Quando se encontra Cristo e se acolhe o seu Evangelho, a vida muda e somos estimulados a comunicar aos outros a própria experiência. São tantos os nossos contemporâneos que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com alternativas insignificantes. É urgente, por conseguinte, ser testemunhas do amor contemplado em Cristo. O convite para participar na Jornada Mundial da Juventude é também para vós, queridos amigos que não sois baptizados ou que não vos reconheceis na Igreja. Não é porventura verdade que também vós tendes sede de Absoluto e andais em busca de "algo" que dê significado à vossa existência? Dirigi-vos a Cristo e não sereis desiludidos.

7. Amados jovens, a Igreja precisa de testemunhas autênticas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida seja transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros. A Igreja precisa de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Sobre este caminho de heroísmo evangélico foram muitos os que nos precederam e exorto-vos a recorrer com frequência à sua intercessão. Encontrando-vos em Colónia, aprendereis a conhecer melhor alguns deles, como São Bonifácio, o apóstolo da Alemanha, e os Santos de Colónia, particularmente Úrsula, Alberto Magno, Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e o beato Adolph Kolping. Entre eles, gostaria de citar em particular Santo Alberto e Santa Teresa Benedita da Cruz que, com a mesma atitude interior dos Magos, procuraram apaixonadamente a verdade. Eles não hesitaram em colocar as próprias capacidades intelectuais ao serviço da fé, testemunhando assim que fé e razão estão ligadas e que uma se refere à outra. Caríssimos jovens encaminhai-vos idealmente para Colónia, o Papa acompanha-vos com a sua oração. Maria, "mulher eucarística" e Mãe da Sabedoria, ampare os vossos passos, ilumine as vossas opções, vos ensine a amar o que é verdadeiro, bom e belo. Acompanhe todos vós até ao seu Filho, o único que pode satisfazer as expectativas mais íntimas da inteligência e do coração do homem. Com a minha Bênção!
Castel Gandolfo, 6 de Agosto de 2004.
JOÃO PAULO II
www.vatican.va

31/07/05

Silêncios...













Fazer silêncio é das coisas que mais custa! Permanecer calado ainda vamos conseguindo…mas silenciar as inquietações interiores isso é de facto bem complicado… para muitos mesmo impossível!
Um facto que considero inegável é a necessidade imperiosa que todos temos de fazer verdadeiro silencio… Precisamos de fazer silêncio para nos encontrarmos connosco mesmos e com a nossa consciência! Principalmente acho fundamental fazer silêncio para escutar a voz de Deus que sussurra no mais profundo do nosso coração!
Quem experimenta com frequência fazer silêncio sabe que é mais difícil do que na realidade parece! Enfrentar a nossa subjectividade…enfrentar os nossos erros e limitações… escutar as interpelações que Deus faz ressoar no mais íntimo de nós faz-nos tremer interiormente… É desagradável por isso, na maior parte das vezes, criar autentico silêncio.
Há silêncios que criamos… há silêncios que falam… outros nem por isso…
Inquieto-me com os silêncios que se criaram nas comunidades cristãs… Onde está o feed-back ao trabalho dos padres?
Queixam-se de forma genérica que os padres falam demais… que dizem sempre o mesmo… que são chatos… Poderei concordar parcialmente!
Pergunto-me, no entanto, o porque de tantos silêncios no final das nossas celebrações…Será que a mensagem não chegou às pessoas? Será que não lhes interessa minimamente…? Custa-me bastante terminar uma qualquer celebração e não sentir minimamente se fui entendido.
Sei que tenho um vicio terrível… falo depressa demais! Quiçá na nossa formação académica não tenhamos passado demasiado tempo em estudos filosóficos quando seria necessário estudar a comunicação, a dicção! Mas gostava mesmo assim de sentir o feed-back das pessoas… silêncios destes… incomodam mais que muitos berros!

28/07/05

Palavras para um casamento...


Sábado vou fazer um casamento... Escrevi isto... Alguma sugestão?!

Congregados por Jesus… unidos nesta assembleia jubilosa estamos aqui, nesta Igreja, para tomar parte neste matrimónio Cristão! Não viemos apenas assistir…não viemos apenas para ver um espectáculo… como quando vamos ao cinema ou a um concerto qualquer… viemos participar…tomar parte… Viemos alegrar-nos e rezar por estes dois jovens que hoje unem as suas vidas pelos vínculos do matrimónio!
É para eles os dois que hoje quero falar de forma especial… Ana e e Carlos neste dia tão especial para vós quero dizer-vos apenas três coisas:
1º lugar- Quero alegrar-me convosco por terdes optado casar na Igreja e por terdes participado num curso de preparação para este momento que agora estais a viver! Cada vez mais se relativizam as relações…nada parece ser para levar a sério… Ainda bem que quisestes viver com intensidade este momento na Igreja, pedindo a bênção de Deus e partilhando a amizade com os vossos amigos!
Parabéns por terdes escolhido este caminho do matrimónio cristão, que, sendo exigente… é um caminho que construído conjuntamente conduzirá à felicidade… Ainda bem que quiseste vir iniciar a vossa caminhada em conjunto na Igreja pedindo a Deus auxilio para todas as dificuldades que concerteza, como todos os casais, tereis de ultrapassar…
2ª coisa – Precisais de nunca esquecer que o casamento é um edifício que deve ser reconstruído todos os dias… o casamento não é a meta de nada…! Para terdes um casamento verdadeiramente feliz é preciso que vos apaixoneis muitas vezes e sempre pela mesma pessoa. É preciso diariamente que a Ana encontre motivos no Carlos para se apaixonar e é preciso que o Carlos encontre na Ana motivos para se apaixonar!
O caminho da felicidade não está no fim da jornada, mas sim em cada curva do caminho que percorremos para a encontrar. Que nas curvas e contra curvas da vossa vida sempre consigais dizer que o amor não se conjuga no passado: ou se ama para sempre, ou nunca se amou verdadeiramente.
3ª coisa – queria pedir-vos duas coisas difíceis mas que não impossíveis de levar a cabo… Primeiro… nunca vos deiteis guardando no coração rancor um do outro! O rancor tem o condão de crescer depressa… Nunca termineis um dia sem resolver tudo aquilo que vos inquieta na vossa relação…
Outra coisa, que acho também fundamental para serdes felizes, neste compromisso que hoje assumis é o esforço por pensardes em conjunto todas as vossas opções. Ana esforça-te por dizer poucas vezes “eu penso”!…Carlos esforça-te por dizer poucas vezes “eu penso”…dizei, um e outro, muitas vezes nós pensamos!
Razão tem St. Exupery (o autor do livro o principezinho) quando diz que o amor não é olharem um para o outro mas sim olharem ambos numa mesma direcção.
Convido-vos a olhardes sempre na mesma direcção procurando sempre e acima de tudo fazer o outro feliz… A tua missão Ana é fazer o Carlos feliz e a tua missão Carlos é fazer a Ana feliz.
Termino oferecendo-vos uma recordação simbólica… uma mola de roupa…
Porque uma mola de roupa? Que sentido?
Dois pedaços de madeira!
Duas vidas que se cruzaram!
Dois pedaços de madeira unidos com uma finalidade!
Duas vidas unidas para formarem uma só!
Dois pedaços de madeira unidos por um sólido metal!
Duas vidas solidamente unidas…
…em e por Deus!
…no amor!
… na descendência!
Paz, prosperidade, saúde e alegria são os votos sinceros do
Diácono António Martins

A felicidade...belas palavras!













Do site "pensamentos fantásticos" aqui "linkado" retirei estas palavras a respeito da felicidade... Palavras de verdade e cheias de sabedoria!

A felicidade não é uma estação de chegada, mas um modo de viajar.(M. Ruberck)

A felicidade não está no fim da jornada, mas sim em cada curva do caminho que percorremos para a encontrar.(Autor desconhecido)

A melhor maneira de se ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros.(Confúcio)

Para se ser feliz, nada melhor do que trocar preocupações por ocupações.(Masteeline)

A luta ansiosa pela felicidade é o que dá infelicidade a muita gente.(Hermógenes)

Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre. (Albert Einstein)

27/07/05

Coragem...

Este ano frequentaram o nono ano no Seminário Menor do Fundão oito alunos...
Destes oito metade aceitaram o desafio de continuar a procurar qual a vontade de Deus para eles... E vão agora frequentar o Seminário Maior da Guarda!
André, Pedro, Emanuel e Diogo coragem! Nunca vos canseis de procurar o lugar, o tempo e o espaço onde o vosso coração se encontre preenchido!
Felicidades para esta nova etapa...para esta nova aventura! Que Jesus vos acompanhe...
Um abraço amigo.

26/07/05

A morte e a fé...


Hoje fui fazer o meu primeiro funeral... Escrevi estas palavras...

Estamos hoje aqui…reunidos por Jesus Cristo para celebrar este momento humano mais triste… Viemos prestar uma homenagem a… que tendo terminado a sua peregrinação terrena partiu agora para junto do nosso Deus e nosso Pai.
As sociedades ditas de modernas parece que conseguiram desmistificar tudo… Na cultura actual tudo parece ter uma resposta e uma solução. Parece que nada incomoda ou interpela as pessoas das sociedades mais evoluídas.
Apenas a morte permanece como ultimo tabu, como realidade que falta desmistificar. Apenas perante a morte o homem actual se sente intimidado, assustado e sem qualquer resposta!
A morte é uma evidencia… não interessa negar, tentar fugir ou fechar os olhos! A verdade é que a morte a todos afecta de forma indirecta (quando nos morre algum ente querido) e de forma directa quando também nós terminarmos a nossa existência física e terrena.
A morte é então uma realidade da existência! Não importa tentar silenciar esta realidade é preciso assumir que não temos uma existência terrena eterna. É preciso assumir que o homem não tem uma existência eterna na terra… é preciso assumir que o homem pode controlar muita coisa mas não pode recusar-se a morrer!
Perante esta certeza, da perenidade da vida, importa olhar de frente para as interpelações que a morte nos levanta! Por mais que neguemos a perenidade da vida, por mais que tentemos esquecer que um dia morremos…o que é verdade é que de morrer ninguém se livra.
Resta então procurar enquadrar este momento da existência na nossa existência pessoal. Há duas alternativas:
A primeira alternativa é ver a morte como o fim da vida! Morremos e acabou tudo…morremos termina a vida para sempre! Acabaram-se os sonhos terminou a existência humana de uma vez por todas!
Esta atitude marcadamente ateísta e naturalista conduz o homem ao desespero, à tristeza a um vazio existencial, a um sem sentido da vida! Tantas filosofias procuraram defender esta tese da morte como ponto final da existência… Para nós que temos fé esta primeira alternativa de ver a morte como simples fim da vida não nos preenche o coração e não nos ajuda a sermos felizes!
A segunda alternativa é ver a morte como mais um momento da vida! Por isso estamos aqui… Por isso viemos a esta Igreja! Viemos homenagear este irmão que morreu mas principalmente viemos pedir para ele a Vida eterna junto de Deus na comunhão com os santos.
Deus tudo criou… tudo o que temos e somos é dom da sua generosidade! A vida é dom de Deus… a existência é dom do amor de Deus! A morte é então um momento da vida…é o momento da mudança de nível de vida! Do peregrinar terreno passamos a à comunhão mais plena com Deus… Não morremos…passamos a viver de outra forma. Quem acredita em Jesus, quem faz fé na sua Palavra, na sua mensagem sabe que apesar da saudade humana nos poder sufocar o coração e nos fazer desflorar lágrimas àquele que morre nós não dizemos adeus…dizemos um até breve junto de Deus.
Com esta certeza de que a morte não é o ponto final na existência faz mais sentido viver na verdade este peregrinar humano. Deus, nosso Pai criador, é misericordioso e julgar-nos-á no final da jornada humana pelo amor!
Que Deus, na sua divina misericórdia, se digne levar para junto de si este irmão que hoje deixou o nosso convívio… que um dia todos juntos no seu reino eterno nos possamos alegrar de novo… e juntos possamos louvar a Deus pelo seu amor infinito!

25/07/05

O "Santo" João Paulo II deixou-nos estas palavras... Precisamos de Santos...


Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de Desporto.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.

(João Paulo II)

20/07/05

Belas palavras sobre a vida e a existência...


A vida é como o teatro… Dura pouco, por isso deve ser vivida com intensidade! Termina rápido e para que termine com aplausos, é necessário não desistir jamais dos sonhos… viver de forma realista e jamais desistir de fazer o bem!
(Diamantino Fernandes)

Se souberes que o mundo termina
amanhã, hoje ainda, planta uma árvore.
(Martin Luther King)

Qual é o lugar do homem? Onde os seus irmãos precisarem dele.
(Madre Teresa de Calcutá)

Aquele que desperdiça o dia de hoje, lamentando o de ontem, desperdiçará o de amanhã, lamentando o de hoje.
(P.Raskin)

Cada dia é uma pequena vida.
(Horácio)

A vida só se dá a quem se deu.
(Vinicius de Moraes)

Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje.
(Provérbio Chinês)

Não queiras acrescentar dias à tua vida, mas vida aos teus dias.
(Harry Benjamin)

Todos tentam realizar algo grandioso, sem reparar que a vida se compõe de coisas pequenas.
(Frank Clark)

Só uma vida dedicada aos outros merece ser vivida.
(Einstein)

A vida ou é uma aventura ousada ou não é nada.
(Hellen Keller)

É preciso viver, não apenas existir.
(Plutarco)

Só os anos ensinam o que os dias escondem…
(Diamantino Fernandes)

15/07/05

O meu primeiro ano de Pós-Seminário – Breve e simples testemunho!



Pedem-me, para o jornal "Voz da Fé" um telegráfico testemunho daquilo que foi o meu primeiro ano de pós – seminário.
Isto que me pedem só deveria responder daqui a alguns anos quando tivesse assimilado correctamente tudo aquilo que vivi nestes meses após terminar o Seminário Maior.
Para mim este ano foi como voltar às origens…Havia frequentado o Seminário do Fundão logo a partir dos dez anos, com catorze saí desta casa, ingressei no Seminário da Guarda e terminado este voltei ao Seminário do Fundão…
Apesar de todas as reservas, interiores, que coloquei quando fui interpelado a aceitar este desafio de vir fazer parte da equipa educadora do Seminário Menor posso agora dizer que se aprende a gostar de trabalhar nesta casa muito porque tive o privilégio de me inserir numa equipa sob todos os aspectos excelente, amiga e solidária.
Foi um ano especialmente exigente! Foi flagrante ao longo deste ano o fraco acompanhamento pessoal – será necessário com certeza repensar o pós seminário!
Passei por outras dificuldades, por exemplo nunca tinha pensado ser professor e tive de ser… nunca tinha trabalhado profundamente com adolescentes e tive de aprender rapidamente os seus anseios e dificuldades para os ajudar a crescer.
Deste ano guardarei para sempre no coração os sorrisos das crianças e adolescentes que aqui crescem e jamais esquecerei a vida intensa que no Seminário do Fundão sempre há!
No final deste primeiro ano posso afirmar que este ano escolar, que agora finda, foi pessoalmente enriquecedor e uma agradável surpresa. Senti que passei o ano a semear… mesmo desconfiando que poucas sementes irão frutificar continuo a confiar e a semear confiando sempre que Jesus jamais deixará de enviar trabalhadores para a sua messe!

Entrevista ao jornal Manhã Radiosa


Com alegria profunda comunico que fui ordenado Diácono na Sé Catedral da Guarda no mês de Abril.
Partilho com todos os leitores uma entrevista que concedi ao jornal "Manhã Radiosa" - orgão de informação do Seminário Menor do Fundão.

Manhã Radiosa: - Relativamente há pouco tempo foi ordenado Diácono… Em que dia foi e o que sentiu nesse momento?
Diácono António: - Fui ordenado Diácono no passado dia 17 de Abril, o IV domingo do Tempo Pascal, na Sé da Guarda, pelo Bispo Coadjutor da nossa Diocese, D. Manuel da Rocha Felício.
O que senti é difícil definir! Sem dúvida alguma senti alguns nervos mas essencialmente senti uma profunda alegria interior pelo passo que dei e pelo carinho daqueles que quiseram acompanhar-me neste dia pessoalmente especial.

M. R. - Quais foram os motivos que o levaram a dar este passo?
D. A. - A motivação é também difícil de definir. Acredito que este passo em ordem ao sacerdócio que decidi dar é mais um passo em ordem à fidelidade à vocação que sinto em ser chamado por Jesus, a desempenhar. –“Jesus eu quero o que Tu queres!”

M.R. – Quais são os seus direitos e deveres como Diácono?
D.A. – Preferia não chamar direitos ou deveres, antes responsabilidades! Como Diácono sou chamado a “servir” o povo de Deus onde o Pastor Diocesano achar por bem.
Com este novo estado tenho maiores responsabilidades a nível pessoal na oração, no anúncio da Palavra e na coerência de vida com a fé que tenho. Sou chamado a responsabilizar-me ainda mais com a Pastoral e o anúncio do Evangelho!

M.R. – Pretende provavelmente ser sacerdote… partilhe connosco o que pensa acerca da vida sacerdotal ou, por outras palavras, defina um bom sacerdote?
D.A. – Não faria sentido assumir este tipo de diaconado se não pretendesse ser sacerdote.
Definir um bom sacerdote? Não consigo definir melhor que Jesus. Um bom sacerdote terá de ser um “bom pastor”, um pastor dedicado a todos e a cada um dos que lhe estão confiados.
Um bom sacerdote é aquele que reza por si; reza com e pelos outros! Um bom sacerdote é aquele que serve porque ama… confia porque acredita em Jesus e sabe que sozinho é apenas um detalhe da criação… com Jesus consegue fazer a diferença! Um bom sacerdote sabe não faz mais que semear; é aquele que administra aquilo que Deus dá!

M.R. – Sabemos que antes de tomar parte na equipa formadora, estagiou nalgumas paróquias… fale-nos dessa experiência.
D.A. – Desde muito cedo o meu pároco me proporcionou experiências pastorais na minha região natal, Celorico da Beira, experiências estas que muito me ajudaram a entrar em contacto com as exigências pastorais.
Nos anos finais de seminário estive, aos fins-de-semana, durante dois anos na raia (Sabugal) com a comunidade de Aldeia Velha e durante o ano passado colaborei com o Pe. Fernando Nunes nas diversas paróquias que lhe estão confiadas. De todas as experiências guardo saudade, diria mesmo uma certa nostalgia e agradeço a Deus a felicidade de mas haver proporcionado… foram experiências pastorais breves mas fundamentais e pessoalmente importantes!

M.R. – Estando actualmente no Seminário, o que é que ele representa para si?
D.A. – O Seminário terá de ser para mim o sitio onde me realizo e onde respondo à vontade de Deus para mim. Acredito que o Seminário seja o sitio onde Deus agora me quer; o Seminário terá de ser o sitio onde sou enviado para amar e servir, anunciar Jesus e ser feliz!

M.R. – De que gosta mais: trabalhar nas paróquias ou no Seminário?
D.A. – É uma pergunta difícil! Comparar a vida de pároco à vida de seminário daria para escrever uma tese.
A minha experiência ainda é muito curta: no seminário como membro da equipa educadora estou à menos de um ano e da vida paroquial pouco posso dizer porque ainda não tive responsabilidades sérias. É difícil por isso comparar.
Penso, no entanto, que a vida paroquial, apesar de exigente, poderá talvez proporcionar um maior “feedback” por parte das pessoas em relação ao nosso trabalho! A vida de seminário exige uma disponibilidade total e tem normalmente um “feedback” muito menor.
Eu prefiro trabalhar onde estou! Se não pensar assim…jamais serei feliz… jamais anunciarei Jesus.

M.R. – O que pensa dos seus colegas da equipa? E de nós seminaristas?
D.A. – Esta respondo de forma telegráfica.
Em relação aos colegas da equipa tenho a dizer que é difícil encontrar melhor em união, solidariedade e verdadeiro companheirismo… isto não é dar graxa a ninguém é ser justo e fiel à verdade. O meu desejo é que este espírito que entre nós vivemos transpareça para vós e vos ajude!
Em relação aos seminaristas posso comentar que, no inicio do ano, vinha com muitas reservas, no entanto, agora no final do ano, posso afirmar que se tornaram, para mim, numa agradável surpresa! E mais não digo…

M.R. – Se um dia fosse bispo ou mesmo papa, mudaria alguma coisa na Igreja?
D.A. – Como confio no Espírito Santo e como, melhor que ninguém, me conheço sei que isso jamais sucederá! Mais que mudar coisas na Igreja acho que o mais importante seria dar a conhecer e procurar explicar de forma vivencial aquilo em que a Igreja acredita e faz fé!

M.R. – Deixe uma mensagem aos seus amigos seminaristas.
D.A. – Amigos jamais desistais de procurar ser felizes! Esforçai-vos por merecerdes o amor de Jesus e confiai n’Ele que é o único que responde às inquietações mais profundas do homem!
Crescei sem pressas…aproveitai ao máximo as condições que a sociedade, a família e o Seminário vos oferece!

Um diácono da Diocese da Guarda

Um diácono... um amigo!

06/07/05

Recomendo....

Passem pelos seguintes Blogs: www.eupadre.blogspot.com e pelo www.padre-inquieto.blogspot.com.

08/03/05

Noticias de Vale de Azares

Visitem o blog recentemente criado sobre Vale de Azares. Pode encontrar noticias "frescas" e de interesse a respeito desta localidade. Visite www.valedazares.blogspot.com!

07/03/05

Visite

Foi lançado recentemente um site sobre a minha terra natal. Visitem ww.valedazares.com
Digam coisas no livro de visitas. Ajudem-nos a manter interessante e actual o site sobre esta bela localidade.

A alegria

Que bom encontrar
nas palavras a felicidade
o enlevo de alma
o encanto do coração!