17/01/07

Uma ideia (pouco!) brilhante…

Qualquer semelhança com a realidade actual será pura coincidência!

Um homem, muito inteligente, decidiu um dia convocar uma conferência de imprensa… Chamou todos os meios de comunicação social e declarou solenemente:
- Somos todos contra a guerra… a guerra é errada e temos de legislar a este respeito. No entanto, a guerra é inevitável, todos sabemos, temos por isso de arranjar uma solução para a tornar lícita e legal… temos de arranjar uma maneira para que a guerra não incomode terceiros e possa fazer-se da forma mais silenciosa possível.
Toda a gente na sala se agitou! Aquele homem não devia estar perfeitamente lúcido. Mas ele continuou:
- Sugiro que façamos, melhor aluguemos, grandes pavilhões longe das populações e quem quiser guerrear que entre nesses espaços. Temos de colocar um limite máximo de tempo que a guerra poderá durar (10 ou 12 semanas…. ou 20… isso depois poderemos discutir!) … O que importa agora é saber que nesses pavilhões as pessoas poderão matar, em condições de higiene e segurança e com acompanhamento médico. O problema da guerra fica assim automaticamente resolvido…
Esta será a solução para a guerra no futuro. Quem quiser guerrear basta ter vontade disso e deslocar-se a estes espaços. Assim a guerra será legal, digna e justa. Mesmo que não concorde os governos deverão usar os seus impostos para pagar o aluguer destes pavilhões...

53 comentários:

Anónimo disse...

Se trocar a palavra "Guerra" pela palavra "Aborto" a história ganha uma força incrivel!

Anónimo disse...

Poderia esclarecer-me:

- É esta, a mesma Igreja que, enquanto clama pelos valores da vida humana, organiza queimas rituais de preservativos e assim se torna cúmplice das terríficas taxas de disseminação e morte por SIDA, principalmente em África?

Obrigado.

José.

Anónimo disse...

Ilariante... "queimas rituais de preservativos"!?... A teologia que estudei nao me falava desse rito.
Deve ser uma outra Igreja qualquer que só existe no coraçao de quem a detesta.
Não fale de Africa se nao conhece...é uma atitude sábia.

Anónimo disse...

KENYA-POPULATION: Church Burns Condoms and AIDS Materials
InterPress News Service (IPS); 5 September 1996.
Lynne Muthoni Wanyeki

José.
________________________________________
NAIROBI, Sep 5 (IPS) - The public burning of condoms and AIDS- awareness material in a ceremony presided over by the head of the Catholic church in Kenya has highlighted the deep divisions within this East African country on how to fight HIV/AIDS.
The burning ceremony, held last weekend, preceded a 'Silent Pro- Life March' led by Cardinal Maurice Otunga and it was held under the theme of 'Choose Chastity: 100 percent safe'.
Posters advertising the event outlined the cardinal's position on the fight against the Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS) and other family planning issues.
'It is immoral to teach family life education in schools'; 'Sex education is not the cure for AIDS, abstinence and fidelity are', said some of the posters. Others proclaimed: 'No legalisation of abortion, it is murder'; 'More contraceptives, more abortions' and 'Trust condoms, trust death'.
This was not the first such event by the church in Kenya...

Fonte:
http://www.aegis.com/news/ips/1996/IP960901.html

Anónimo disse...

African bishops reject condoms to counter AIDS
By TERESA MALCOLM
NCR Staff
The Southern African Bishops’ Conference released a statement in late July saying the promotion of condom use to combat HIV/AIDS was an “immoral and misguided weapon against the disease.” However, the bishops left open the option for married couples to decide for themselves how to defend against the disease when one of them is already infected.
“Condoms may even be one of the main reasons for the spread of HIV/AIDS,” the bishops said in a statement issued July 10 following their seven-day plenary meeting in Pretoria, capital of South Africa. “Apart from the possibility of condoms being faulty or wrongly used, they contribute to the breaking down of self-control and mutual trust.”

Fonte:
http://www.natcath.com/NCR_Online/archives/081001/081001i.htm

Pe.T.C. disse...

Em portugues para nao haver confusões.

Igreja considera preservativo "um mal menor" para combater a sida

destaque destaque destaque destaque destaque destaque


O uso do preservativo para evitar a propagação da sida entre os casais foi admitido ontem como "um mal menor" pelos bispos portugueses, em Fátima, o que representa uma inversão na posição da Igreja sobre este tipo de protecção nas relações sexuais.

À margem dos trabalhos da assembleia plenária da Conferência Episcopal (CEP), o vice-presidente, D. António Montes, recusou-se a aceitar que se trata de um reajustamento da doutrina sobre esta problemática. E classificou a nova opinião como "a teoria do mal menor".

O bispo comentava informações dispersas que têm surgido sobre a publicação próxima de um documento do Vaticano, a partir do qual a Igreja aceita o uso do preservativo em casos de excepção. Uma das situações contempladas será a existência de um membro do casal afectado pela sida.

A notícia foi veiculada por diversos jornais e agências noticiosas, mas os bispos portugueses dizem que, oficialmente, desconhecem tal documento.

No entanto, alguns jornais italianos - La Repubblica e L'Espresso - publicaram recentemente opiniões de cardeais como Carlo Maria Martini e Lozano Barragan, sendo este último o responsável pela Saúde do Vaticano, que vão nesse sentido.

O Vaticano estará mesmo a preparar um reajustamento na doutrina e irá publicar uma nota para "regulamentar" o uso do preservativo.

Em Portugal, D. António Montes fez questão de explicar que "a primeira missão da Igreja é apresentar o sentido da sexualidade" aos cristãos e que esta "só faz sentido como veículo de amor". Assim, reforçou, "na perspectiva cristã esta só se realiza no matrimónio heterossexual e monogâmico". Neste caso "se alguém está infectado, é o chamado caso do mal menor", especificou.

No entanto, o bispo sublinhou, em nome da Igreja Católica portuguesa: "Só me pronunciarei depois de ler o documento e, assim saber o que diz a Santa Sé."

O anúncio do documento terá sido feito pelo cardeal Barragán, após a defesa do uso do preservativo, nos referidos casos excepcionais, pelo cardeal Martini, arcebispo emérito de Milão.

Anónimo disse...

Olhe que conheco padres missionarios a distribuir preservativos... e são os unicos a faze-lo!
Ninguem dá nada aqueles países!

Pe.T.C. disse...

esqueci-me da fonte:
http://dn.sapo.pt/2006/04/28/sociedade/igreja_considera_preservativo_um_men.html

Anónimo disse...

Tó: Em que parte da história te referes aos preservativos?
Querem é que te cales a respeito do tema "quente"
Fantástica história.

Anónimo disse...

"a teoria do mal menor"

- Engraçado...

«D. António Montes, recusou-se a aceitar que se trata de um reajustamento da doutrina sobre esta problemática.(...)O Vaticano estará mesmo a preparar um reajustamento na doutrina...»

- ?!

«"a primeira missão da Igreja é apresentar o sentido da sexualidade" aos cristãos e que esta "só faz sentido como veículo de amor".»

- Não será fácil a uma Igreja que pacaminisa o acto sexual (e já nem falo em S. Agostinho!). Reza-se: - Ó Maria concebida sem pecado...


«Olhe que conheco padres missionarios a distribuir preservativos... e são os unicos a faze-lo!
Ninguem dá nada aqueles países!»

- Acredito, e não duvido que o mesmo só sucede por interesses proselitistas, sabe-o tão bem ou melhor que eu... entretanto, muitas vidas se perderam devido a mais uma posição errática da Igreja que defende a vida!

José.

Anónimo disse...

Patricia:

-SIDA, Preservativos... e África -

Uma inteira geração está a desaparecer, deixando idosos e crianças orfãs. Os bispos da África do Sul levaram a moral longe de mais quando encerraram uma conferência na semana passada ao condenar o uso de preservativos na luta contra a SIDA. Mas por todo o lado, as pessoas estão a morrer. E o uso dos preservativos tem sido desvalorizado, devido a certas coisas como a condenação da igreja. "A não ser que um destes factores mude, não existe esperança de trazer um fim a este flagelo. Se os bispos - que obviamente se preocupam muito com o seu povo - acreditam que apenas a abstinência e os casamentos bem sucedidos são armas legítimas contra a SIDA, eles têm de fazer um melhor trabalho para convencer os seus paroquianos".

Fonte:
Aidsportugal.

Apesar de ser o método mais eficiente contra a transmissão do vírus HIV (causador da epidemia da SIDA), o preservativo foi condenado pela Igreja Católica Romana …
Várias comunidades religiosas (como a católica) vêem problemas na utilização do preservativo por seus seguidores, dizendo que:
•Há uma significante diferença entre fazer sexo para procriação da espécie e fazer sexo por prazer (o que é visto como pecado).
•Usar o preservativo para evitar a gravidez é considerado um método abortivo.
Fonte:
(- Wikipédia -)


…Devemos, contudo, ponderar que a Igreja – a única instituição duas vezes milenar – tem razões muito sérias para recomendar que não se usem os preservativos. Convido-os, por isso, novamente, para continuarmos refletindo juntos, com toda calma e serenidade…A Igreja defenderia a mesma opinião de sempre ainda que os preservativos fossem absolutamente seguros. Com efeito, o fundamento da posição da Igreja é muito mais profundo: a mesma natureza humana… A lei natural determina que existe um vínculo inseparável entre a relação sexual e a transmissão da vida. Romper artificialmente essa união – como acontece no uso do preservativo – representa uma grave infração dessa mesma lei natural… Não se pode mudar a ordem natural em função de uma solução imediatista e inadequada que, além de não solucionar o problema da proliferação da AIDS…
Fonte:
Dom Rafael Llano Cifuentes
Presidente da Comissão Família e Vida


- Pecado É Não Usar - vídeo.-
Por cmi-vídeo. 12/12/2003 às 04:00
Esse video foi realizado por entidades da sociedade civil que combatem a AIDS, aborda a omissão da igreja católica frente a epidemia e sua campanha contra o uso do preservativo. A AIDS não tem cura. Segundo o Inmetro, instituto responsável pelo controle de qualidade, usada corretamente a camisinha é o único método contraceptivo que protege contra as doenças sexualmente transmissíveis e a AIDS, com margem de segurança de 95%. O cardeal do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Scheid, conseguiu dia 28 de novembro de 2003 uma liminar proibindo a exibição pública do vídeo.

Fonte:
(http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/12/270612.shtml)

José.

Pe.T.C. disse...

Cada um lê o que quer! E entende como quer...
Defende a vida e sempre defenderá... mesmo que seja a unica a faze-lo incondicionalmente!

Anónimo disse...

Concordo plenamente, mas não deixa de ser bizarro.
Está na hora de ir dormir, uma óptima noite a todos.

José.

Anónimo disse...

Padre Tó Carlos:

Relativamente a este texto gostava de lhe colocar uma questão muito simples:

O cónego de Castelo de Vide e Portalegre, Tarcísio Fernandes Alves, no seu quarto boletim semanal sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, distribuído aos fiéis na missa do passado domingo, avisa que serão excomungados os que votarem SIM e os «que se abstiverem de votar cometem um pecado mortal gravíssimo que os irá impedir de participar na missa».

Pergunto:
- Acha correcto, amedrontar os paroquianos?
- Considera ou não uma forma de chantagem emocional?
- Como sabe o seu colega, quem votou, e em quem, (não será esta uma forma inaceitável de pressão psicológica e manipulação grotesca e medieval?)
- Que conceito tem a Igreja de:
democracia,
liberdade de expressão,
liberdade de consciência e
liberdade de voto dos cidadãos?
- Não é este tipo de comportamento que denunciamos e rejeitamos em países teocráticos, islâmicos e fundamentalistas?!

Obrigado
José.

Anónimo disse...

Amigo, desculpa a ausencia, mas estou pra te dizer que no dia 11 de FEVEREIRO nao farei nenhum atentado!!! Direi SIM à VIDA

Nao ao ABORTO!

Que a luz que iluminou os Magos nos ilumine também as nossas consciências!!! Um abraço meu amigo;)

PS. Adorei a tua metáfora!! Ficou um belissimo texto, deixemos agora os ímpios afiar as espadas e ir pra Guerra da VIDA!:)

Pe.T.C. disse...

Caro amigo José:

Nao vou julgar esse caso particular que apresenta. De certo o meu julgamento seria injusto pois nao estou na posse de todos os elementos da questão. A minha curta experiencia diz-me que quando é para dizer mal da Igreja e dos padres há uma tendencia por exagerar... nao sei se sera o caso!Talvez até o padre tenha exagerado...

Penso claramente que quem nao defende a vida (tenha ela 10 meses, 2 anos ou 90...) tem pouco de humano e absolutamente nada de cristão.

Como pode ver nos arquivos deste blog (2 de Janeiro)eu nao pretendo discutir mais este tema da "moda"... parece-me que isto se tornou numa luta entre Igreja (associada a uma imagem de passado) e a sociedade (imagem do progresso e do futuro)!
Defender a vida ser retrogrado!!!!
Não quero chover mais no molhado!
Nao consigo discutir este tema com quem nao reconhece vida às 10 semanas... temos permissas de partida totalmente diferentes que inviabilizam a discussão séria.

A Igreja em muitas coisas nao sera modelo... infelizmente! Eu continuarei a fazer a minha parte para que seja... Semearei...
Outros preferem dizer mal... atirar pedras...Talvez seja a forma inconsciente que eles têm para desculpar a sua falta de fé!Os padres têm uma mania de fazer julgamentos...!!!

Anónimo disse...

«Penso claramente que quem nao defende a vida (tenha ela 10 meses, 2 anos ou 90...) tem pouco de humano e absolutamente nada de cristão.»

- Não poderia estar mais de acordo.
Aliás, a defesa da vida não é um exclusivo da religião, pelo qualquer ser humano dito racional e civilizado, não deverá optar pela morte seja ela qual for, (e incluo eutanásia, suicídio...)pensar de outra forma que seja, é anti-natura, afinal nascemos para a vida, sendo a morte uma consequência, não um fim.

«Outros preferem dizer mal... atirar pedras...Talvez seja a forma inconsciente que eles têm para desculpar a sua falta de fé!»

- Factos são factos, e eles falam por si.
Se ter fé, é não questionar, essa chama-se "fé cega", e a história da humanidade já nos mostrou do que ela é capaz.

Agradeço a sinceridade e disponibilidade, prometo não "mexer" mais no assunto apesar de partilhar-mos alguns pontos.

José.

Pe.T.C. disse...

Ninguem disse que a fé nao deve ser questionada... nem será fé verdadeira se nao for constantemente questionada!

Anónimo disse...

Caros Amigos:

Esforcei-me mas confesso perdi a paciência...Tantas ideias e outras por um " Bocado de Borracha " que usam alguns animais quando tem relações.

Tenho 55 anos, considero-me um cidadão atento. Não uso nem nunca usei a dita borracha e não me considero diminuído ou infeliz.

Acho uma conversa de Iroqueses ou povos primitivos...Tenho a minha vida sexual regular, sem borracha, e acho sinceramente que é tão "bom"
que só enfia essa borracha no cérebro quem já não tem prazer!

Anónimo disse...

Como é possivel que isto aconteça? Será que a ICAR não sabe informar a população sobre o aborto (principalmente os perigos e os numeros do aborto clandestino em Portugal) e apresentar a SUA opinião sem ameaçar os crentes?
O que está a acontecer é chantagem emocional e desinformação. A ICAR está a aproveitar-se da ignorância dos seus seguidores para ganhar o referendo.

Se não fosse um assunto tão sério e tão grave até dava para rir, mas é! E é inacreditavel!
Daniela

Anónimo disse...

O uso do preservativo para evitar a propagação da sida entre os casais foi admitido como "um mal menor" pelos bispos portugueses, em Fátima, o que representa uma inversão na posição da Igreja sobre este tipo de protecção nas relações sexuais.
Em Portugal, D. António Montes (o Monsenhor, que compara o aborto à morte de Sadam!) fez questão de explicar que (*)- "a primeira missão da Igreja é apresentar o sentido da sexualidade" aos cristãos e que esta "só faz sentido como veículo de amor". Assim, reforçou, "na perspectiva cristã esta só se realiza no matrimónio heterossexual e monogâmico". Neste caso "se alguém está infectado, é o chamado caso do mal menor", especificou: “a Igreja aceita o uso do preservativo em casos de excepção. Uma das situações contempladas será a existência de um membro do casal afectado pela sida”.
Ou seja:
- (*)Quem por opção recusa a prática da sexualidade, é que vem orientar aqueles que sempre a praticaram livremente…
- Embora a Igreja reconheça que o uso do preservativo pode evitar o contágio do HIV que tem como consequência a morte, mesmo assim, considera o seu uso um MAL! (mesmo que menor).
- E só se um dos parceiros estiver infectado, senão…
- É estranha, esta defesa da vida, em que o Clero se diz empenhado!
- Defendem intransigentemente o direito à vida a um embrião, e maliciosamente, recusam-no a um ser adulto!
- Quem quiser seguir o concelho da Igreja é livre de o fazer, basta fechar os olhos e fazer de conta que a sida não existe, as consequências são as que a Igreja tenta ignorar apesar de todos os dias as ver-mos na televião.
- Se a isto, a Igreja chama de atitude responsável, eu chamo-lhe: - CRIMINOSA!
- Virá um dia pedir desculpa, como já o fez relativamente aquele(a)s que serviram de churrasco nas fogeiras de purificação das bruxas, mas entretanto milhares de mortes continuarão a prencher os anais da História desta Igreja que se diz defender os valores da vida!
- Mulher tem vida dificil numa religião masculinizada!

Daniela.

Anónimo disse...

Estás perdoada minha filha. Vai em paz! Que coraçao tao cheio de ódio!

Pe.T.C. disse...

1º Congratulo-me por tanta gente pensar... A maior parte das pessoas nem pensa! Ataca porque muitos outros o fazem também!

2º É bom questionar as opçoes da Igreja... mas também será bom pensar que todos somos Igreja! E quem nao é...tome uma atitude sábia... respeite... nao cuspa para o ar! Todos agradecemos.

3º Acho interessante surgir aqui... como comentário a esta história uma discução sobre os metodos contraceptivos... E nao fui eu a propo-lo...Pois... é disso mesmo que se fala quando falamos de aborto! Querem fazer do aborto um metodo contraceptivo (para ja ate as 10 semanas...talvez mais um dia destes!)Por isso dizemos Nao!

5º O ICAR nao terá procedido da melhor forma ao enviar os panfletos. Comparo esses panfletos aqueles onde aparecem mulher a dizer... na minha barriga mando eu!
Igualmente disparatados como o do ICAR.

6º Nao comparo em gravidade (nem acho que alguem possa comparar) a eliminaçao de espermatozoides com a eliminaçao de um feto (uma vida... sim vida... e para mim vida humana).

7ºMuitos apontam o dedo à Igreja pelos erros inquisitoriais! Muito bem e com razao... Daqui a alguns seculos... se a historia for bem escritam diram que leis como esta que se preparam para aprovar foi o inicio do desrespeito total pela vida... e a Igreja esteve contra!

8º Apontem os erros mas ajudem a resolve-los! É tao facil dizer mal... Se o mal é a falta de preservativos em Africa façam uma campanha e enviem-nos para lá... nao sou rico mas posso ajudar com alguns tostões...


9º Obrigado pelas vossas partilhas. Sempre interesantes... Eu acredito que posso fazer algo mais por um mundo melhor! Continuarei a tentar.

Anónimo disse...

Anónimo:
Não se faça de esperto:
Estamos a falar dos crimes da Igreja não dos meus.
Se alguma diferença existe é que enquanto eu tenho que responder pelas minhas atitudes perante a sociedade e os tribunais, à Igreja basta-lhe pedir desculpa!
Lembra-se do caso Padre Frederico?! Não assim há tanto tempo…pois bem; hoje os pais choram uma criança assassinada, o padre que a assassinou, faz férias em Copa-Cabana! – não tente atirar areia para os olhos dos outros…negar a realidade é o primeiro passo para a cegueira.

Daniela.

Anónimo disse...

A Igreja de Cristo é Amor...
Nestas palavras não vislumbro esse Amor...
Que o Espiríto Santo vos ilumine

Vasco s.j

Anónimo disse...

Vasco:

Ao padre Frederico já iluminou, pena que os pais da criança não possam dizer o mesmo.

Isso são desabafos de cúmplice.

- Pior cego é o que não quer ver -.

Anónimo disse...

O piedoso cónego Tarcísio Alves pegou no Código de Direito Canónico - o Código Penal das almas católicas -, percorreu o menu dos pecados capitais e arremessou aos paroquianos o Cânone 1331: os que votarem Sim, no próximo referendo, «não podem casar, baptizar-se e nem poderão ter um funeral religioso».
Eis, pois, a pena a que automaticamente se expõem os pios eleitores de Castelo de Vide se não seguirem no voto o reverendo cónego.
O método expedito de amaldiçoar os créus que votarem «Sim» no dia 11 de Fevereiro, corre o risco de transformar Portugal no país com maior densidade de excomungados.
Aliás, o direito de voto e a própria democracia já foram considerados pecados mortais por infalíveis Papas que acharam a liberdade uma abominação e excomungaram os livres-pensadores.


Daniela

Anónimo disse...

Tens de escrever mais histórias deste tipo porque fica tudo eriçado!
Daniela sanias que os crimes da Igreja tambem sao julgados em tribunal! Pois é ainda bem que é assim.
Esse de castelo de Vide é um extremista! É o "Francisco Louça" do lado católico

Anónimo disse...

Calculo que a Daniela neste refrendo irá votar sim apenas e só porque nao concorda com alguns aspectos da vida eclesial.

Anónimo disse...

Caríssimo anónimo(?):
Habitue-se à democracia que já é tempo; o voto é secreto não sabia?!
Apesar de alguns padres chantagearem as suas ovelhas, continua a ser secreto!
Mas vou satisfazer a sua curiosidade mórbida; voto NÃO! e sabe porquê? não é pelo carreirismo em que a Igreja insiste, nâo! é porque sou a favor da vida, porque tenho consciência e acima de tudo, porque sou LIVRE! e desde pequenina me ensinaram a respeitar os outros mas principalmente ( e isto devo-o à minha mãezinha) porque fez de mim um SER PENSANTE! com capacidade CRITICA! perante a vida, as coisas e principalmente os outros.
Desengane-se, não é preciso ser católico, cristão, judeu, muçulmano, budista, xantoísta, mormon ou ateu...é preciso ser LIVRE e aprender a pensar pela sua própria cabeça.
Defendo a vida, não segundo as conveniências do momento, mas, pelo respeito e dignidade que os outros seres (sejam eles quais forem) me merecem.
Deveria saber que a defesa da vida que o clero reclama como bandeira sua, é uma causa de todos, sou também contra a pena de morte ao contrário da Igreja que se diz a favor da vida!
É por isso estranho, que uma Igreja que se diz a favor da vida, aceite que uma mulher se atire para o vasio (ou seja, para a morte certa) para evitar ser violada; pouco vale a vida de uma mulher!
Afinal Deus é homem, o seu filho é homem, o seu representante na terra só pode ser homem, os seus cardinalíssios só podem ser homens, os senhores Bispos só podem ser homens, cónegos, diáconos ou padres, só podem ser homens, e jamais uma mulher terá acesso a um lugar de destaque (já nem digo ao poder) dentro da hierarquia da Igreja), será que mulher só foi feita para parir?!
Deixo-lhe porém uma questão:
Duvida que se os homens engravidassem, este problema há muito estava resolvido?!

Daniela

margusta disse...

Padre Tó Carlos,
...hoje passo só para te agradecer por teres estado ao meu lado neste momento dificil da minha vida, e por orares pelo meu Pai....

Que Deus te proteja sempre e te dê forças na tua Caminhada!

Anónimo disse...

D. António Montes Moreira, comparou o aborto à pena de morte, invocando galhardamente os valores da doutrina cristã e da civilização humana.

A inqualificável falta de dignidade e a chocante desonestidade intelectual da Igreja Católica no que concerne ao aborto, tocam mesmo as raias de um incomensurável absurdo.

É esta mesma Igreja, que agora se vem arrogar ter uma palavra a dizer na sociedade portuguesa no próximo referendo sobre a despenalização do aborto, que sempre foi contra qualquer forma de planeamento familiar que não passasse pela contagem dos dias ou pela filiação na Opus Dei.

É esta mesma Igreja que não hesita em achincalhar os sentimentos religiosos dos seus próprios fiéis com a publicação de panfletos com a mãe das suas divindades a chorar, a mesma semi-deusa que há décadas utiliza como instrumento e fonte de receita.

É esta mesma Igreja que carrega consigo um passado de ignomínia, uma História de sofrimento, de sangue e morticínio, que é sinónimo de atraso social, cultural e civilizacional, que se distingue pela sua visão suja e pecaminosa, típica dos mais abjectos tarados sexuais, sobre tudo o que diga respeito a sexo, que sempre sobrevalorizou a sua doutrina e o seu catecismo à própria vida humana, enquanto persiste em desprezar a mulher, quer na sua própria condição quer até como ser humano.

É esta mesma Igreja para quem o sexo é simplesmente sinónimo de «pecado», para quem amar é «pecar», que não concebe que o seu próprio Deus em visita aos homens pudesse ter sido concebido num acto de amor, que não permitiu sequer à mãe desse seu Deus o privilégio de amar, uma vez mais trata a mulher como um mero objecto, um ser humano de segunda ou terceira categoria a quem não permite sequer o livre arbítrio, a escolha ou a determinação do seu próprio corpo, e a quem antes impõem uma opção pré-determinada pela sua doutrina e pelos seus valores medievais, ainda que isso signifique o drama e o risco de vida do recurso ao aborto clandestino.

É esta mesma Igreja, que se acha agora no direito de interferir na sociedade portuguesa, num assunto em que estão em causa estritos valores éticos.

Porque, de facto, é preciso uma lata gigantesca e um desplante sem fim para que um responsável eclesiástico católico venha invocar os valores da doutrina cristã e da vida humana para comparar o aborto ao terrorismo ou à pena de morte, quando essa mesma doutrina cristã admite precisamente... a pena de morte!

Também não consigo entender(?) a cumplicidade tácita que tanta gente (quero crer, apesar de tudo, que de boa fé) tão cega a acriticamente ainda se lhes entrega.
- Usam a arma da desonestidade intelectual para explicarem o seu relativismo moral.
Afinal, é disso que eles vivem.

Tó Carlos; já lhe conheci melhor, este post é demagógico, e intelectualmente desonesto.
Filomena Silva

Anónimo disse...

Filomena:
O que a mim me assusta, é que há gente, que se por acaso a Igreja defendesse outra posição, elas defenderiam essa outra, com a mesma leviandade da convicção que é defender as ideias de outros mesmo que erradas, ou seja; vêm para aqui ensopadas em água benta, manifestar, não as suas ideias ou princípios, mas as que outros lhes incutiram, (coercivamente ou não), de uma forma completamente acrítica!

Daniela.

Anónimo disse...

1 - Se a guerra fosse dentro de pavilhões, como sugere, evitar-se-ia a morte de inocentes. Há muito que defendo que (embora saiba ser impraticável( nem os soldados deveriam ir para a guerra. As matérias "bélicas" deveriam ser resolvidas num ringue de boxe entre os líderes de ambas as partes interessadas. Dessa forma, grupos económicos como a própria Igreja, deixariam de obter lucros com a venda de armamento e com a morte de pessoas. Sim, porque caso não saibam, a Igreja detém participações em empresas que fabricam armamento... Isso diz muito da natureza da mesma...

2 - A posição da Igreja sobre o aborto às 10 semanas é incompreensível. Se a bíblia é a "Palavra de Deus" e o texto-mor pelo qual a mesma determina as suas orientações. Isto porque a bíblia tem dois textos que dizem (os textos podem variar ligeiramente consoante as traduções, mas o cerne é este)"A Vida de toda a carne está no sangue" e "A Respiração é o milagre que confere e sustenta a vida". Ora, se no segundo caso é claro que Deus não considera que exista vida dentro do Útero (os pulmões só funcionam após o parto), no primeiro prova-se ainda melhor que o feto não é um ser humano vivo e cônscio. Como qualquer pessoa informada saberá, o sangue produz-se na medula óssea. Ora, às 10 semanas de desenvolvimento NENHUM feto produziu ainda seu próprio sangue. Viveu, e viverá até dentro de algumas semanas, como um mero acrescento ao corpo da mulher.

3 - A Bíblia, claramente, exorta os verdadeiros cristãos a se manterem afastados das coisas dos homens, como o é a política. Mais, a bíblia diz ainda que cada ser humano é livre e que o julgamento pertence apenas a Deus. Mas os padres, e a própria Igreja, já passam julgamento sobre actos que não ocorreram (e podem nem ocorrer) e buscam restringir a liberdade das mulheres, curiosamente, imiscuindo-se na Política. Que nos diz isso sobre a sua lealdade para com Deus?

Anónimo disse...

"É esta mesma Igreja, que agora se vem arrogar ter uma palavra a dizer na sociedade portuguesa no próximo referendo sobre a despenalização do aborto, que sempre foi contra qualquer forma de planeamento familiar que não passasse pela contagem dos dias ou pela filiação na Opus Dei."

No seu conceito de planeamento familiar entra o aborto certo? So assim entendo esta discução


"quando essa mesma doutrina cristã admite precisamente... a pena de morte!"

Informe-se... se nao tenho de dizer-lhe "olhe que nao... olhe que não..."

"relativismo moral" - mas a Igreja é extremista ou relativista... não há quem vos entenda!

"para quem amar é «pecar»"
Pelo contrario...

Desonestidade intelectual de quem?

1Sou missionario em Angola e tenho uma arma... nunca a usei... ja me tentaram matar algumas vezes! Mas lucro em armas eu nao tenho garanto. Olhe que eu sou igreja.

2Lutero tb interpretou assim a biblia! Tome cuidado que a Igreja fez-lhe a folha!

3Nunca julgo uma mulher...quero salvar é uma criança!

Anónimo disse...

Vou tentar responder-lhe ponto por ponto, já que o seu texto está bem estruturado:

1 - «No seu conceito de planeamento familiar entra o aborto certo? So assim entendo esta discução»

- Nas palavras que Deus dirige à mulher a seguir ao pecado, é expressa de forma lapidar, mas não menos impressionante, o tipo de relações que passarão a instaurar-se entre o homem e a mulher: «Sentir-te-ás atraída para o teu marido e ele te dominará (Gen 3,16).»

De facto, foi Agostinho de Hipona que moldou o ideal da «piedade» cristã mais do que qualquer teólogo antes ou após ele e para Agostinho as mulheres eram um perigo moral. A fobia da mulher que se encontra em Agostinho, apenas entendida como uma aberração particularmente grotesca, que infelizmente se consolidou de pedra e cal na Igreja pela pena fácil e erudita de Agostinho, que o colocou entre os imortais da literatura mundial, teve consequências nefastas, especialmente para as mulheres e para uma sexualidade saudável.
O pessimismo sexual de Agostinho, intensificado pelo Responsum do Papa que inventou os sete pecados mortais, Gregório Magno (590-604), «O prazer sexual nunca ocorre sem pecado», dominou a época da escolástica, «a idade áurea da teologia», como é chamada. O expoente máximo dos escolásticos, Tomás de Aquino, a autoridade católica em questões sexuais depois do inenarrável Agostinho, criou todo o contexto para a demonização do sexo e ainda cunhou a expressão contra natura para se referir à homossexualidade.

Tomás de Aquino incorpora o empirismo aristotélico ao idealismo platónico agostiniano. A citação tomista «A geração de uma mulher resulta de defeitos no princípio activo» é inspirada na prosa de Aristóteles, que afirmava, a comprovar a sua inferioridade, terem as mulheres menos dentes que os homens (História dos Animais, livro 2, parte 3). E representa a convicção de Aquino de que a mulher é imperfeita, inferior ao homem física, moral e psicologicamente.

Nesta época, destacam-se Pio II, um celebrado autor de literatura erótica antes de assumir o papado. E pai de uma prole considerável. Ou Inocêncio VIII, o tal que de tão preocupado com a cópula com o demónio tinha encomendado o manual de caça às bruxas, que, menos preocupado com a cópula terrena, deixou 16 filhos, igualmente repartidos pelos dois sexos: Octo Nocens pueros genuit, totidemque puellas; Hunc merito poterit dicere Roma patrem. Sobre os excessos (sexuais e não só) de Alexandre VI, Roderigo Borja ou Bórgia, acho que não é necessário acrescentar algo...

Dia 31 de Julho Joseph Ratzinger da Congregação para a Doutrina da Fé (ex- Santo Ofício da Inquisição) divulga a sua carta aos Bispos católicos onde condena o feminismo, a «ideologia do sexo» e reitera a proibição da ordenação de mulheres. Neste pequeno excerto pode comprovar-se que o pensamento de Agostinho continua actual:
Uma «pérola» de Agostinho:

«Mulheres não deveriam ser educadas ou ensinadas de nenhum modo. Deveriam, na verdade, ser segregadas já que são causa de horrendas e involuntárias erecções em santos homens».

Pergunto: Qual o capital moral da Igreja neste assunto?
De que planeamento fala a Igreja quando se pronuncia?


«Aquilo que são questões de consciência não são susceptíveis de ser criminalizadas - não devem ser criminalizadas questões de consciência política, religiosa ou ética. São decisões íntimas, individuais e pessoais de cada um que o Estado deve escrupulosamente respeitar e não se deve intrometer.»
E mais:
- Como António Vitalino Dantas, bispo de Beja, admitiu na passada quinta-feira, o embrião «não é pessoa humana, porque não tem consciência dos seus actos. Não tem alma».
- Em que ficamos?!

É também significativo que se afirmasse que «a escolha no dia do referendo é uma opção de consciência, que não deve ser influenciada por políticas e correntes de opinião», e que se procure influenciar religiosamente a campanha: os bispos da ICAR aceitam (com relutância) a autonomia política do Estado, mas recusam a autonomia ética da sociedade.

2 - «"quando essa mesma doutrina cristã admite precisamente... a pena de morte!"
Informe-se... se nao tenho de dizer-lhe "olhe que nao... olhe que não...»

- Compreendo que enquanto labuta, em tão pia e prosélita tarefa de evangelizar esses selvagens que nem alma têm: os pretos ( foi assim que me ensinaram na catequese); não tenha encontrado a divina paz de tempo, para dar uma “esfolheadela” no Catecismo, está por isso perdoado!

Reza assim o catecismo:
§2263 A LEGÍTIMA DEFESA A legítima defesa das pessoas e das sociedades não é uma exceção à proibição de matar …

§2267 O ensino tradicional da Igreja não exclui, depois de com provadas cabalmente a identidade e a responsabilidade de culpado, o recurso à pena de morte…

Pergunto:
- Onde é que fica a tão pedagógica e apregoada frase cristã: - “Dá a outra face?!”


3 - «"relativismo moral" - mas a Igreja é extremista ou relativista... não há quem vos entenda!»

– É extremista quando os seu poder é posto em causa, é relativista quando a conveniência o aconselha! (os pontos 4 , 5, elucidam-no)

4 - «"para quem amar é «pecar»"
Pelo contrario...»

- Se o sexo é um acto de amor e não de pecado, porque reza: - Ó Maria concebida sem pecado…??


5 - «Olhe que eu sou igreja.»
- Curioso; quando se trata de sacudir a água do capote, dizem: - A Igreja, somos todos; quando lhes convém, respondem: - Olhe que eu sou igreja!

6 - «Lutero tb interpretou assim a biblia! Tome cuidado que a Igreja fez-lhe a folha!»

- Precisamente o contrário, frequentei a Legião de Maria, mas… há muito tempo que aprendi a usar a cabeça e não me deixar manipular, por isso questiono…é um exercício de inteligência!

7 - «Nunca julgo uma mulher...quero salvar é uma criança!»

- Então deve uma mulher aceitar ser violada no superior interesse de um futuro filho; não é verdade?
- Confesso que esperava melhor de si Anónimo(?)

Quero dar os parabéns ao Padre Tó Carlos, que ao contrário dos seus colegas, aceita outras opiniões, mesmo que divergentes.( todos saímos a ganhar)

Filomena Silva

Anónimo disse...

Admiro bastante o seu conhecimento da História da Igreja (pelo menos o lado escuro da mesma!)
Não vou responder as questões que coloca pois a maior parte, após leitura atenta, são incoerentes. Pedia-lhe apenas dois favores:

1º Procure descobrir a outra parte da História da Igreja! Vai ficar maravilhada... Nao lhe peço que esqueca o mal! Mas... olhe tambem o bem!

2º Quando citar fontes nao cite de qualquer lado... busque fontes seguras e nao deturpadas... A titulo de exemplo:

Disse que o Catecismo da Igreja Catolica no numero 2267 dizia: "O ensino tradicional da Igreja não exclui, depois de com provadas cabalmente a identidade e a responsabilidade de culpado, o recurso à pena de morte" quando que diz lá é: "A pena infligida deve ser proporcionada à gravidade do delito. Hoje, na sequência das possibilidades do Estado para reprimir o crime tornando inofensivo o culpado, os casos de absoluta necessidade da pena de morte «são agora muito raros, se não mesmo praticamente inexistentes» (Evangelium vitae). Quando forem suficientes os meios incruentos, a autoridade deve limitar-se ao seu uso, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum, são mais conformes à dignidade da pessoa humana e não retiram definitivamente ao culpado a possibilidade de se redimir."

fonte:http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html#«AMARÁS%20O%20TEU%20PRÓXIMO%20COMO%20A%20TI%20MESMO»

Anónimo disse...

Essa do ritual de queima de preservativos de que falou um anónimo presidida por um bispo ou cardeal é de morrer a rir. Só se foi no carnaval!!!
Mesmo em Portugal há organizações católicas que distribuem preservativos. Sobretudo as que lidamcom prostitutas.
Mas o mal maior é sempre destruir um ser humano.

Anónimo disse...

1 - «Admiro bastante o seu conhecimento da História da Igreja (pelo menos o lado escuro da mesma!)»

Lado escuro da Igreja?! Então porque mandam rezar: Creio na Igreja Una, Santa…
O que é santo não tem lado escuro, ou então a palavra tem andado a ser muito mal tratada,( ludibriando as pessoas hein!)

2 - Reparo que a falta argumentos o obriga a uma míngua resposta: - Não vou responder as questões que coloca pois a maior parte, após leitura atenta, são incoerentes.

Aproveitou no entanto o ensejo, para dar uma olhadela no catecismo, e na pressa trocou os números e os textos, mas isso não é de monta.

Ora veja lá bem se o que enumera como 2267 não é o:
2266 - Corresponde a uma exigência de tutela do bem comum o esforço do Estado destinado a conter a difusão de comportamentos lesivos aos direitos humanos e às regras fundamentais de convivência civil. A legítima autoridade pública tem o direito e o dever de infligir penas proporcionais à gravidade do delito. A pena tem como primeiro objectivo reparar a desordem introduzida pela culpa, Quando essa pena é voluntariamente aceita pelo culpado tem valor de expiação. Assim, a pena, além de defender a ordem pública c de tutelar a segurança das pessoas, tem um objectivo medicinal: na medida do possível, deve contribuir à correcção do culpado.

Sendo o 2267 - O ensino tradicional da Igreja não exclui, depois de com provadas cabalmente a identidade e a responsabilidade de culpado, o recurso à pena de morte, se essa for a única via praticável para defender eficazmente a vida humana contra o agressor injusto.
Se os meios incruentos bastarem para defender as vidas humanas contra o agressor e para proteger a ordem pública e a segurança das pessoas, a autoridade se limitará a esses meios, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum e estão mais conformes à dignidade da pessoa humana.

Fonte da Igreja Católica:
http://catecismo.catequista.net/conteudo/3.html


3- « Nao lhe peço que esqueca o mal! Mas... olhe tambem o bem!»
- Exceptuando o controlo mental do qual tira os seus dividendos, até que era um assunto interessante para discutir…
Sabe onde reside a ironia desta discussão? - é que você sabe melhor que ninguém, que Deus e o Diabo são irmãos gémeos, filhos do medo dos homens e explorados em benefício do clero.
Anónimo: - Passe bem...

Filomena Silva

Anónimo disse...

Ver para crer?

Meta o dedo nestas chagas…
É pena serem demasiado reais para o seu carnavalesco sarcasmo:

O sacerdote católico Athanase Seromba foi condenado a 15 de anos de prisão, pelo Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, por participação em genocídio e por crimes contra a humanidade. Durante os massacres de 1994, Seromba era responsável pela paróquia de Nyange. Depois de 2000 tutsis se terem refugiado na sua igreja, o sacerdote católico (que colaborava com as milícias hutus) ordenou que a igreja fosse destruída por máquinas escavadoras, com as pessoas lá dentro. Os sobreviventes foram mortos à facada.

Este é o primeiro sacerdote católico condenado por participação no genocídio por este tribunal internacional. Anteriormente, um sacerdote da Igreja Adventista do Sétimo Dia fora condenado a dez anos de prisão. Recentemente, uma freira católica, que selecionava tutsis para serem massacrados no hospital onde trabalhava, foi condenada por participação no genocídio (duas outras freiras católicas tinham sido condenadas em 2001 por um tribunal belga). Muitos outros membros do clero católico, e do clero de outras igrejas cristãs, estiveram envolvidos nos massacres do Ruanda (que antes de 1995, assinale-se, era o orgulho do Vaticano, devido à sua elevadíssima percentagem de católicos praticantes).

Existem pelo menos mais dois padres católicos detidos e aguardando julgamento.

Fontes? Abundam, infelizmente:

http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/mundo/2625501-2626000/2625611/2625611_1.xml

http://pt.wikipedia.org/wiki/Genoc%C3%ADdio_de_Ruanda

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=254215

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/12/13/ult1807u33114.jhtm


http://www.msnbc.msn.com/id/15653352/

http://www.hirondelle.org/hirondelle.nsf/0/cb48175c197c126ec1256b84007eed8b?OpenDocument

http://www.hrw.org/reports/1999/rwanda/Geno4-7-03.htm#P893_245534

José.

Anónimo disse...

Ainda bem que estão. Ninguem esta acima da lei.Em tantos milhoes de padres haver uma centena de impios...nao considero demais. Pena-mas todos somos humanos

Anónimo disse...

Eles sabem todos que temos razão !
Só que agora não lhes dá geito !

.........

O segundo tem que ver com o tom ‘Cro-Magnon’ com que a questão do aborto tem sido tratada entre nós. (…) a AD não tem a menor autonomia de discurso, já se não pede de voto, nem de vontade, em relação à Igreja, e limita-se a repetir o que esta diz, a presenciar o que esta proclama. Os socialistas dividem-se entre a sua história e a história que a Igreja quer que eles façam.
Só por referência lembre-se, por exemplo, que em França foi uma liberal, assumida como tal, da maioria giscardiana, a senhora Simone Weil quem, contra os mais conservadores e os mais ortodoxos, impôs a lei do aborto. Lá, os socialistas não tiveram dúvidas. Giscard, líder da maioria, não interferiu. Quer isto dizer, uma vez mais, que somos subdesenvolvidos; e que, no caso, andamos atrasados, à direita e à esquerda. A menos que se rejeite a Europa moral e apenas se queira a Europa económica…”.

Paulo Portas, “Civis, Laicos e Europeus”, in Tempo, 4 de Março de 1982.

- Vi isto e achei interessante.
Daniela

Anónimo disse...

Não há mulheres detidas pelo crime de aborto em Portugal.



Em 2005 realizaram-se 906 abortos legais em Portugal.



Em 2005 houve 73 casos, e não milhares, de mulheres atendidas na sequência de abortos clandestinos.



O número de abortos clandestinos está calculado em 1800 por ano.



62% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares superiores a 65.000 euros por ano.



6% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares inferiores a 7000 euros.



Em todo o mundo, o aborto sem invocar qualquer razão é permitido em 22 de um total de 193 países.



A pílula do dia seguinte é comercializada em Portugal desde 1999, sem necessidade de receita médica. É dispensada gratuitamente em centros de saúde desde 1 de Dezembro de 2005.



A taxa de natalidade em Portugal baixou para metade nos últimos 40 anos.



Em 2005, a média de filhos por casal foi de 1,5, tendo-se registado apenas 109.000 nascimentos, permanecendo abaixo do nível de renovação das gerações (2,1).



Em 2006, a Alemanha aprovou um incentivo à natalidade de 25 mil euros por cada nascimento.

Anónimo disse...

Anónimo(?):
Perante um genocídio destas proporções no Ruanda, todo o mundo dito civilizado ficou impressionado e mostrou a sua indignação, você porém, o melhor que consegue, é, esboçar uma bucólica frase:
- “…não considero demais. Pena mas todos somos humanos”.

- O seu cinismo é escalofriante!(e diz muito de si...)

José.

Anónimo disse...

José vc é rapido a fazer julgamentos.
Esta a associar frases minhas em contextos diferentes. Leia com calma e talvez com menos ódio.

Anónimo disse...

sAnónimo:
Há muito que aprendi a ler nas entrelinhas.
Havia prometido que não"mexia" no assunto mas...
Essa do: "e talvez com menos ódio"; é uma velha e gasta táctica, de fazer passar a ideia errónea, de que nós somos os bonzinhos e os outros os malandros (vitimização que já não colhe...)
- Na realidade, não está em curso qualquer campanha contra os clérigos que violam crianças, mas está no auge um movimento contra as mulheres que, em desespero, interrompem a gravidez, para continuarem sujeitas à prisão.
José.

Anónimo disse...

José:

Surpreende-me que, enquanto em Portugal os 20 bispos titulares de dioceses, sem uma única excepção, se empenhem em manter a violência legal contra as mulheres, que em desespero recorrem à interrupção voluntária da gravidez, os bispos de Malta mantêm a mesma intolerância em relação ao divórcio e os de Timor no que diz respeito ao uso de contraceptivos.

Surpreende-me que os recursos financeiros sejam tão amplos para os defensores da prisão e tão escassos para os partidários da despenalização.

Surpreende-me, ainda, que o único Estado do mundo sem maternidade - o Vaticano -, se empenhe tão denodadamente na coacção das consciências e no desafio à legalidade (caso de um clérigo que já ameaçou fazer campanha na missa do próprio dia do referendo).

Surpreende-me, que um país laico tivesse ficado refém da vontade clerical sem ter resolvido o problema da IVG em sede própria, na Assembleia da República, um problema de saúde pública que atira as mulheres pobres para o vão de escada, a prisão e o cemitério.

Surpreende-me, que a Virgem de Fátima, tão ansiosa com a conversão da Rússia, seja indiferente às mulheres lapidadas no Islão e não apareça em Meca, já não digo a chorar lágrimas de sangue mas, pelo menos a corar de vergonha pelos crimes.

Mas é preciso, sobretudo, que o clero domine o poder.
O controlo da sexualidade, sobretudo da mulher, é uma forma de dominação que as multinacionais da fé exploram em proveito próprio.

Os coxos não treinam atletas para a maratona, os cegos não se dedicam à educação visual, os mudos não dão aulas de dicção. Por que raio os padres se intrometem na educação sexual e reprodutora?


Fiomena Silva

Pe.T.C. disse...

Qualquer discução é interessante e válida enquanto as posições em debate não tocam em extremismos...
Parece-me que nesta série "record" de comentários muitas vezes se chegou a isso!

Parece-me a mim que anda tudo muito melindrado, diria mesmo, muito nervoso por causa do referendo... Para não cair também em extremismos (sim...na defesa da vida sou terrorista!) prefiro o silencio - nao silencio cobarde nem vitimizador mas um silencio preocupado por tao pouca gente se preocupar com a vida nascente!

Considero que há duas maneiras de aprender:
- Quando nos ensinam como deve ser - aprendemos por imitação!
- Quando nos ensinam mal - aprendemos por diferença!

Obrigado pela vossa companhia virtual!

Anónimo disse...

Só posso dizer uma coisa; muitos a dizer sim e outros tantos a dizer não, mas porque não continuar igual??? Se o feto mostrar deficiencias, entre outras coisas tudo bem cometa se o HOMICIDIO, de um ser humano!!!!!!! Mas não vamos poder ter acesso a mais um contraceptivo á conta do zé povinho, é isso que é preciso, situações e situações, uma de cada lado a violação, ninguem é violado por gosto mas...... Matar um pobre ser indefeso......Não me fecundem mas preocupem se antes em informar na realidade o que se passa. Oiço muito acerca de uma coisa e outra mas ainda ninguem me disse ao certo no que consiste este referendo. Parabens António, alguem vai ganhar, a maioria espero que seja a melhor para todos para mim é mais uma forma de gastar uns milhares dos cofres do pobre em vez de ajudar quem precisa. Um abraço JS

Anónimo disse...

Anónimo:

É grave escrever sobre algo acerca do qual se fazem este tipo de objecções:
«...ninguem me disse ao certo no que consiste este referendo»

Neste referendo vota-se contra a penalização, termo tão caro para uma Igreja que do pecado e da culpa, faz ofício.
Vota-se contra o enxovalho da mulher, - é dificil, para uma Igreja que culpa a mulher pela trincadela na maçã do Adão
Vota-se contra a perseguição à mulher, tema dificil para uma Igreja que da prática inquizitorial dos ultimos tempos ainda resistem metásteses.
Vota-se pela laicização da sociedade, tema a que a Igreja tem pavor pela falta de previlégios que o mesmo lhes acarreta.
Vota-se a libertação, (ainda que lenta, da sociedade), do Jugo, a que o clero nos mantém reféns.
Daí as actitudes violentas e fundamentalistas dos padres, pois é o seu poder que está ser posto em causa, e quem perde causas perde poder.
Vota-se pela liberdade de consciência!tema dificil para uma Igreja que vive da manipulação da consciência dos seus fiéis.

A vida não começa com a fecundação: transmite-se. Um espermatozóide e um óvulo separados são ambos células vivas. Um espermatozóide que fecunda um óvulo origina um ou mais seres humanos individuais, que terão a mesma informação genética (é o caso dos gémeos univitelinos). A fecundação dura uma vintena de horas e a nidação (implantação no útero) demora seis a oito dias. Considero importante, pessoalmente, que o crescimento se acelere pela 12ª semana, mas parece-me mais relevante que só pela 24ª semana a taxa de sobrevivência do prematuro (viabilidade) se aproxime dos 50%, e que nesse momento já haja indícios de controlo do próprio corpo pelo feto (e portanto actividade cerebral consequente). Mas as duas únicas fronteiras biologicamente claras, ao longo das quarenta semanas da gravidez, são mesmo a fecundação e o nascimento: a origem de um indivíduo e a sua separação física da progenitora.
A maternidade é um direito mas não um dever. Eticamente, não consigo valorar um aborto no primeiro mês de forma muito diferente da contracepção de emergência, e um aborto no oitavo mês de forma substancialmente diferente de um infanticídio.
A vida é um contínuo, que o código penal discretiza. E portanto há contradições dos dois lados: o «não» só seria perfeitamente coerente se defendesse que o abortamento de qualquer óvulo fecundado fosse tratado como um homicídio. Em Portugal, a «pílula do dia seguinte» (que não se sabe se actua antes, durante ou depois da fecundação...) está totalmente despenalizada e é usada abundantemente (foram vendidas 230 mil em 2005), sem que ninguém acuse as utilizadoras de «homicídio» (o que evidencia que a sociedade considera que não é de facto de «homicídio» que se trata). No Código Penal actual, o «crime de aborto» tem a mesma pena no segundo e no oitavo mês, o que é absurdo e só se compreende porque o código penal reduz a prazos «intervalados» o que é contínuo. Se a IVG for despenalizada até às 10 semanas, a maioria das IVG´s será, desejavelmente, realizada nas primeiras seis a oito semanas. Se uma IVG é uma boa ou má opção, só compete a cada mulher decidir, porque só ela pode garantir que a gravidez irá até ao fim. A mim, cabe-me votar no dia 11 de Fevereiro para que possamos decidir sabendo que não seremos obrigadas à clandestinidade, e cientes de que não seremos investigadas ou levadas a tribunal. Evidentemente, votarei «sim» no dia 11 de Fevereiro.
Filomena Silva,

Pe.T.C. disse...

"Jugo, a que o clero nos mantém reféns.
Daí as actitudes violentas e fundamentalistas dos padres, pois é o seu poder que está ser posto em causa, e quem perde causas perde poder.
Vota-se pela liberdade de consciência!tema dificil para uma Igreja que vive da manipulação da consciência dos seus fiéis."

Qualquer dia terei de colocar um jugo também neste blog... Estou a brincar!

Gostam mesmo de mim!!!

Anónimo disse...

Não queria dizer não saber acerca do k trata o referendo, acho imensamente estupido e quem vai votar sim devia ser julgado de homicidio involuntário. Não sei é o porquê de se por em causa a lei da vida. Sou de acordo em situações até talvez demais, em caso de imensa pobreza é preferivel nem nascer, mas não façamos disso método contraceptivo, é isso que se quer com o referendo MAIS UM CONTRACEPTIVO!!!!!!!!!!!!! JS

Anónimo disse...

Pois...
evitavam-se os danos colaterais!