11/02/07

Pela vida… lutar sempre… vencer se possível… desistir nunca!

Post-scriptum:
Com certeza que o número de visitantes deste espaço dispararia se o autor, enquanto padre, dissesse tudo aquilo que agora lhe passa pela cabeça e pelo coração.
Como ponto de partida gostava de pedir desculpa a todos os meus simpáticos leitores por não ter conseguido distanciar-me suficientemente da questão em debate e apesar de ter assumido não abordar demasiado o tema o que é certo é que não consegui fazê-lo… Senti-me comprometido a ser a voz de quem não tem voz apenas porque tem menos de 10 semanas! Mea culpa… Sou extremista na defesa dos mais fracos!
Votei “não”... Quero que fique bem registado porque não me envergonha. E disse não porque respeito todas as vidas e não acredito minimamente na bondade nem no sucesso desta “futura” lei. Sinto que terei razão…quem me dera estar errado… só a história o dirá!
Preferia viver numa sociedade que se baseasse no total e inviolável respeito pela vida humana… parece que isso não será possível! Respeito totalmente opiniões diferentes tanto mais que até são a maioria!
Pela minha parte continuarei a acolher e a ajudar quem tiver de tomar essa decisão tão dramática e também todas aquelas que, por causa desta campanha, reviveram momentos trágicos ocorridos no passado.
Ainda bem que, como Igreja, já não dominamos o estado muito menos as suas políticas! O mais importante é que, apesar de muitos menos, sejamos mais santos.
Pela vida… lutar sempre… vencer se possível… desistir nunca!

21 comentários:

Elsa Sequeira disse...

Olá!!

A Vida continua a ser o nosso projecto maior! O nosso Deus é o Deus da Vida!!
A Vida somos nós que a fazemos acontecer, a Vida está nas nossas mãos, nos nossos pés, nos nosso lábios!!!
Muita força!
E Viva a Vida! Sempre!!!
Bj
:)

Anónimo disse...

Olá!
Votei Não e não me envergonho de continuar a defender a vida!
Vida esta, que a partir de hoje tem um preço, quando digo preço é mesmo dinheiro!
Quanto vale a vida?

Paulo

Maria João disse...

Estou para ver aonde é que esta lei nos vai levar...

Mais doq ue nunca temos de arregaçar as mangas e trabalhar muito para evitar que os abortos aumentem, como aconteceu na maioria dos países onde se despenalizou o aborto.

Marco Oliveira disse...

Algum de vocês leu o último numero da revista Le Monde des Religions?
Tem uma sondagem e várias reportagens muito interessantes sobre o catolicismo em França.

Anónimo disse...

Não só te aproximaste do tema como não conseguiste ser justo.

tens um longo caminho a percorrer não desistas.

Anónimo disse...

...e tu um longo caminho a percorrer para fazeres julgamentos verdadeiramente justos.

Anónimo disse...

"O mais importante é que, apesar de muitos menos, sejamos mais santos."

Eu sou mais santo do que tu-Quem poderá dizer isto, com humildade e honestidade?

Quer dizer que as convicções daqueles que votaram diferente pensando que estavam a fazer o melhor, não valem absolutamente nada, na sua tabela de santidade?

Pe.T.C. disse...

Ninguém mede a santidade de ninguém!Apenas cada um deve buscar a sua de forma pessoal de o ser!
Não julgo a santidade ou falta dela num simples "Sim" ou "Não".

Anónimo disse...

Caro Tó Carlos:

Não derrame lágrimas de crocodilo.
Já lhe provei aqui, por mais que uma vez o porquê; obtendo da sua parte respostas obtusas e minguadas.

Quem achar que é crime e pecado não aborte. Os outros que façam o que entenderem.
Afinal cada um responde por si no Juízo Final (se não tiverem gasto o juízo aos outros antes disso)

Se eu tiver intenção de fazer um aborto, não é por ele ser PENALIZADO que deixo de o fazer, a prova está nos números; assim como o contrário; não é por ele ser DESPENALIZADO (e não liberalizado) que eu passo a ser obrigada a fazê-lo; se diferença existe, é que agora não serei enxovalhada, humilhada, exposta, perseguida e policiada como vocês tanto gostam, e se por acaso decidir fazer o dito DESMANCHO, como não tenho dinheiro para ir a Badajoz, não serei empurrada para um "explorador" de vão de escada que me fará acabar numa urgência de hospital com hemorragias, se com sorte não for parar à morgue; - ("habilidoso" esse, no qual a Igreja nunca encontrou um motivo para perseguição, mas na mulher, sim!)


Que o Dr. Gentil Martins prefira o aborto assistido por polícias em vez de médicos, que queira mulheres judicialmente perseguidas, que considere a prisão até 3 anos uma pena insuficiente para um crime que só as fogueiras purificariam, é uma atitude pessoal que se respeita mas não a resposta de um Estado de direito.

Mas o País entendeu que, com a vitória do SIM, todas as mulheres são livres de prosseguir a gravidez, ainda que corram risco de vida ou tenham um feto mal formado, mas nunca mais se impõe a alguém uma gravidez indesejada ou se obriga, sob a ameaça de prisão, a gerar um filho indesejado ou a acabar numa clínica clandestina.

Finalmente, a IVG, até às dez semanas, deixou de ser um crime e a polícia e os tribunais deixaram de estar ao serviço da moral religiosa. É a vitória da laicidade sobre a coacção confessional, a separação do pecado e do crime, a vitória do Referendo sobre o Direito Canónico.

E é, também, a vitória sobre o terrorismo da campanha do Não, com imagens obscenas e a instrumentalização dos sentimentos religiosos dos portugueses.

A pergunta do momento impõe-se:
Sendo que a ICAR apostou tudo o que tem para dar---mentiras, dinheiro, ameaças, obscurantismo, hipocrisia, moralismo---nesta campanha, e perdeu em todos os níveis, carece perguntar:
Agora que é legal; - podemos abortar a Igreja Católica num prazo de 10 semanas?

Na realidade, - 59,25% dos portugueses, “Abortaram a Igreja Católica Apostólica Romana”, deixando-a a falar sozinha, pois se como tanto gostam de esfregar na cara de quem os questiona: - mais de 90% dos portugueses são católicos, o mesmo é dizer que apesar das ameaças de excomunhão da mesma, - estes a mandaram dar uma volta e votaram ao arrepio da mesma, - saiu a Igreja de rabo entre as pernas, pois apercebe-se, tarde, que a ameaça, o medo e a chantagem, já não surtem os efeitos de outros tempos!

Como dizia Pacheco Pereira: A sociedade está cada vez mais laicizada, e eu acrescento: para desespero do clero!

Sei que para si foi uma derrota pessoal, mas aproveite para reflectir:
- As pessoas estão fartas desta Igreja que perde mais tempo na manutenção dos seus privilégios e acumulação de riqueza, (na contagem das notas de euros, fios de ouro, cordões e anéis, que fiéis desesperados deixam todos os dias em Fátima) do que na atenção que dedica aos seus fiéis. Uma igreja que não as representa nem está à sua altura.
E como eu costumo dizer: Se as ovelhas andam tresmalhadas, a quem pedir explicações senão ao Pastor? Pena é que este, quando questionado, mais não faça que sacudir a água do capote!

Lembro-me várias vezes de Malta, onde a Igreja ainda guerreia com o divórcio.
Imaginem que no referendo de ontem onde, em vez da despenalização do aborto, se referendava o direito ao divórcio. Hoje, em vez do chavão "direito à vida", os defensores do não clamavam o "direito à família".
A Igreja, também guerreia nas Filipinas, contra a contracepção e o direito ao planeamento familiar; Aí será o quê, "direito à miséria"?!

As pessoas estão fartas; aqui na terra, os teocratas e reis de direito divino, saíram pior do que a encomenda, de modo que não nos interessa mais o jeito divino de governar, ou seja a Teocracia.

O meu respeito pelas religiões Abraânicas desaparece na fumaça e na poeira de 11 de Setembro. O último vestígio de respeito pelo tabu desapareceu quando vi o “Dia da Oração” na Catedral de Washington, onde pessoas de fés mutuamente incompatíveis se uniram em homenagem à própria força que causou o problema em primeiro lugar:
- “A religião” - .
É hora das pessoas de intelecto, opostas às pessoas de fé, se levantarem e dizerem “Basta!”. Que o nosso tributo aos mortos seja uma nova resolução: respeitar as pessoas pelo seu pensamento individual, ao invés de respeitar grupos pelo que eles colectivamente foram levados a crer.
O grande mal não mencionável no centro da nossa cultura é o monoteísmo. De um texto bárbaro da Era do Bronze conhecido como o Velho Testamento, evoluíram três religiões anti-humanas – judaísmo, cristianismo, e islamismo. Estas, são religiões de um deus celeste. Elas são, literalmente, patriarcais – Deus é o Pai Onipotente – por isso a aversão às mulheres por 2.000 anos naqueles países afligidos pelo deus celeste e seus delegados masculinos terrestres. O deus celeste é um deus ciumento, é claro. Ele exige obediência total de todos na Terra, já que ele é responsável não para uma tribo, mas para toda a criação. Aqueles que o rejeitassem deveriam ser convertidos ou mortos para seu próprio bem.

- Afinal, foi a mulher que deu a maçã a comer ao Adão, e não o contrário, não é verdade?!

Para terminar:
- Essa sua frase, de que a fé verdadeira tem que ser questionada, ficou-lhe bem; (mas você é o primeiro a não a deixar questionar!!!)
Escusa de fazer votações para impor a censura no Blog, querendo aparentar um ar democrático ao figurino. Já vi que quem não pertence ao corporativismo do pensamento único não é bem-vindo.
Para si questionar a fé é; engolir a hóstia, e não fazer muitas ondas…pois, pois!
Então não se queixem dos fiéis “assim seja”, pois a culpa, verdadeiramente, não é deles, e você sabe-o!

Como dizem os velhotes por estas bandas; siga a Marinha, que é como quem diz:
O CARREIRISMO.

Sua admiradora:

Daniela.

Anónimo disse...

Como jurista
também defendo intransigentemente o direito á vida.
E a lei que aí vier, na sequência do referendo, não muda a minha opinião. Há tantas leis iníquas!
Abraço

Anónimo disse...

Daniela com tanto ódio à Igreja agora é atua hora de saires para rua e ajudar as mulheres pobres ou desperadas não só a fazerem o aborto de que tanto gostas e a meteres a mão ao teu bolso para as ajudares a sairem da pobreza e do desespero...
Parece que para ti o aborto livre vai resolver tudo, vamos ser uma sociedade mais evoluida, o melhor era a Igreja deixar-te a ti e atodos os que pensam como tu as casas de apoio aos pobres, às grávidas, às mulheres e às crianças e tirares talvez o rabo da cadeira em que estás sentada e começares a dar o corpo ao manifesto...
ou estás à espera de quê... não temos visto nada... vamos... transforma o teu ódio à Igreja e ajuda às mulheres que querem abortar ou ter filhos...

Anónimo disse...

Pe Tó Carlos,
Como a sondagem sobre os comentários só prevê sim ou não, respondo aqui:

acho que a decisão deve ser só sua, este espaço é seu, tem todo o direito de lhe aplicar a regras que quiser.
Abraço

Anónimo disse...

O Cânone 1331 do Direito Canónico - o Código Penal das Almas -, determina que os que votaram SIM no referendo «não podem casar, baptizar-se e nem poderão ter um funeral religioso» como explicou pacientemente o compassivo cónego Tarcísio Alves.

A Conferência Episcopal Portuguesa, perdido o medo do Inferno, arrisca-se a ter de indemnizar os crentes pelo tempo perdido em missas, novenas, terços, e orações.

Esta excomunhão automática, tão grave que nem os padres a podem retirar, alienou ao santo rebanho 2.338.053 ovelhas com as quais deixaram de poder argumentar nas transacções com o Estado.

Deus deve ter ficado muito zangado com os portugueses, como assevera o clero. Mas, que pode um mito contra a força do voto, o exercício da democracia e a libertação do dogma?

A Senhora de Fátima, que chorava lágrimas de sangue em muitos panfletos, nas caixas do correio, esvaiu-se com os resultados, entrou em estado de choque e teve de fazer uma curetagem ao saco lacrimal.

Por algum tempo a Igreja vai deixar de atirar placentas aos olhos dos crentes e de arremessar fetos às mochilas das crianças dos colégios religiosos.

Filomena Silva.

Anónimo disse...

Filomena:

2.338.053 ovelhas??

Essas contas estão mal feitas então. Sem querer ser desmancha prazeres, aliás, serei o contrário. O cónego frisou que não só incorreriam em pecado grave os votantes do SIM, como os Católicos que se abstivessem. Isto para não acrescentar ainda aqueles que porventura tenham votado NÃO, mas que estarão futuramente implicados directa ou indirectamente na prática do aborto, como médicos, enfermeiros, etc, etc...


José.

Anónimo disse...

parece que a Igreja deu um tiro no pé. a fazer fé nas contas do José, não sobra quase ninguém com direito a casamento e funeral religiosos; como se vão governar então os Padres?

Anónimo disse...

Eis como o teólogo Jerónimo Trigo, professor de Teologia Moral na Universidade Católica, em Lisboa interpreta o tema da excomunhão, quando "suavizava" as palavras excelsamente ridiculas do padre Tarcisio:

«A pessoa fica privada parcialmente da comunhão externa, mas não da comunhão interna», explicou, referindo que não se trata de algo «tétrico», mas que se reveste de um aspecto «pedagógico», já que é a sinalização de algo que coloca em causa a comunhão eclesial.

Alguém vê aqui algo mais que "blá-blá"?


Filomena Silva.

Anónimo disse...

Tens muito "blá blá" Filomena... Pena que não passa disso

Anónimo disse...

A Filomena vai ser uma das que vai estar à porta das clinicas espanholas para aconselhar a mulher que o aborto lhe resolve todos os problemas...
Óptimo... ainda vai ter direito aos minutos de publicidade gratuita...
Tem na realidade muito "blá blá" traduzido para palavras simples "ódio".

Anónimo disse...

Anónimo:

Se você se desse ao trabalho de ler os textos em vez de falar de cor, (força do hábito, talvez), evitava fazer figuras tristes; enxergaria que o "blá blá" de que se queixa, na realidade não é meu, mas tão-somente de um seu colega de trabalho.
Só a pressa na agressão, e o ódio que espirra contra todos os que manifestam opinião que não lhe caia no goto, o levam a dizer disparates em catadupa. Não se enerve, e dialogue em vez de agredir e insultar.
Aprenda a viver em democracia, e respeite o voto da maioria.
Não deve manifestar tão mau perder.
Atenue esse saudosismo que ainda deixa transparecer, pela fogueira e o churrasco.
Rancor só faz mal a quem o sente.

Filomena Silva

Pe.T.C. disse...

Atenção que eu nao sou anónimo... eu tenho nome! Sou o Padre Tó Carlos e assino os meus comentários. Que não haja ainda mais confusões!

mafaoli disse...

Eina, eina, nunca vi tão mau "GANHAR". Se estão tão felizes pelo sim ganhar não vejo porque achincalhar quem outra opinião poderá ter.
Passou-me algo despercebido?então tratava-se de um referendo entre o Sim e a Igreja?